sexta-feira, 26 de maio de 2006

Resposta da Prof. Helena Barbas

Com a autorização da Prof. Helena Barbas, apresento de seguida a sua resposta à minha carta aberta:

Caro Senhor: em resposta ao seu e-mail, queria agradecer a atenção que dispensou ao programa. Um programa de televisão é um programa de televisão. Relativamente às críticas que me faz, remeto-o para a minha tese de doutoramento publicada on-line desde Fevereiro de 2003 - http://www.fcsh.unl.pt/docentes/hbarbas/ em «dissertações».
Os meus cumprimentos
Helena Barbas

quinta-feira, 25 de maio de 2006

Carta aberta à Prof. Helena Barbas

Ontem assisti, na RTP-N, a um interessante debate acerca da omnipresente obra polémica da Dan Brown. Foi um debate que me perturbou profundamente, sobretudo pela forma como a Professora Helena Barbas nele participou.
Assim, escrevo esta carta aberta à Professora Helena Barbas, pedindo-lhe que me elucide sobre certas questões que me ficaram no espírito durante e após o visionamento do dito debate. Com esta missiva, não tenho qualquer pretensão de provar o que quer que seja, apenas desejo manifestar publicamente as minhas dúvidas, aguardando ser esclarecido.

Exma. Senhora
Prof. Helena Barbas,

Manifestando desde já todo o respeito pelo seu estatuto de docente universitária, e em consideração pelo seu conhecido e reconhecido trabalho académico, venho por este meio, humildemente, comunicar-lhe algumas dúvidas que tenho acerca daquilo que disse no debate conduzido ontem, dia 24 de Maio, em directo no canal RTP-N acerca do livro de Dan Brown, "O Código da Vinci".
Apenas dependendo da minha memória, irei apontar as suas afirmações que me intrigaram, esperando ser fiel na sua reprodução:

A) Sobre a datação dos Evangelhos

Pareceu-me ter ouvido a senhora Professora afirmar que os Evangelhos Canónicos seriam largamente posteriores ao tempo de Jesus; se bem entendi, a senhora Professoria teria afirmado que o mais antigo dos evangelhos dataria de sessenta anos após a morte de Jesus; no entanto, tenho presente outros dados diferentes acerca da datação dos evangelhos. O Evangelho de São João, esse sim considerado o mais tardio, teria sido composto por volta dos anos 90-100 d.C., ou seja, mais ou menos sessenta anos após a morte de Jesus. Mas esse seria o mais tardio!
Em primeiro lugar, a senhora Professora saberá certamente que os Evangelhos ditos de Lucas, Marcos, Mateus e João não são vistos pela Igreja como tendo sido, necessariamente, escritos por estes autores. Pelo que a minha argumentação de antiguidade e historicidade será baseada no conteúdo destes textos, mais do que sobre a materialidade dos textos na forma escrita.
Este é um ponto importante: independentemente do escriba, da pessoa que os materializou pela primeira vez, o conteúdo destes textos respeitaria a tradição oral atribuída a Mateus, Marcos, Lucas e João. A palavra grega "kata", ou seja, "segundo" é aqui essencial: deve-se dizer "Evangelho Segundo S. Lucas", "Evangelho Segundo S. Marcos", etc., marcando claramente que se procura autenticar não tanto o autor físico e material dos textos (o escriba), mas sobretudo o seu inspirador. A tradição oral pré-existe à escrita e não pode ser desprezada do ponto de vista histórico, visto que há ampla evidência do seu relevo na tradição da Igreja. Bastaria recordar, mas não a desenvolverei aqui porque nos levaria demasiado longe, a essencial questão da "disciplina do arcano" e a influência desta no património doutrinal cristão (1).
Apenas para se obter um termo de comparação, a senhora professora saberá certamente que uma boa parte da tradição judaica se transmite por via oral, pelo que não é improvável que, nos primeiros séculos, os cristãos tivessem usado uma estrita e rigorosa tradição oral, pelo recurso à prática da memorização e repetição de textos de grande dimensão.
Posto isto, eis o que pude aprender acerca destes Evangelhos...
Sobre S. Mateus, é complicada a questão acerca de se saber se o texto original seria em aramaico e a versão grega seria posterior, ou se seria ao contrário. À parte destas questões, que são importantes certamente, a datação deste evangelho é maioritariamente consensual na escolha da década de 60 d.C. como a data mais tardia. Não encontro sustentação académica para as datações posteriores a esta década, conforme consta na obra de certos críticos (Weiss and Harnack datam em 70-75; Renan em 85, Réville, entre 69 e 96, Jülicher, entre 81 e 96, Montefiore, entre 90-100, Volkmar, em 110; Baur entre 130 e 34), de forma puramente conjectural, supondo que quando Jesus fala profeticamente acerca da perseguição aos cristãos isso seria prova de que a perseguição aos cristãos no primeiro século já teria ocorrido. Ou seja, a datação é feita por conjectura e não com base em dados mais concretos de estilística, análise lexical ou pelo cruzamento deste evangelho com os restantes.
Sobre São Marcos, a tradição cristã, pela via de autores bastante antigos e respeitáveis como Eusébio, Clemente de Alexandria, Orígenes, Tertuliano, Santo Ireneu de Lião, e muitos outros, estabelece como altamente provável a tese de que este evangelista teria recebido os ensinamentos directamente de São Pedro, o que daria um cunho fortíssimo de historicidade e antiguidade a este evangelho.
Sobre S. Lucas, sabe-se que seria um grego (atestado pela análise da sua escrita - ele é também visto como o autor dos Actos dos Apóstolos) natural de Antioquia (Eusébio atesta-o nas sua História Eclesiástica - Livro III, iv, 6, e nas suas "Quæstiones Evangelicæ", IV, i, 270). Ao longo dos Actos dos Apóstolos, penso que se encontra ampla base para se supor que Lucas seria companheiro de São Paulo.
Sobre o Evangelho de São João, cuja historicidade é amplamente negada fora da Igreja Católica (chegando também a ser negada, dentro da Igreja, pelo modernista Loisy e por outros da mesma corrente), é difícil ter conclusões seguras na sua datação. A Igreja, baseando-se na tradição oral apostólica e na coerência doutrinal deste evangelho com os restantes três, mantém, por respeito a essa tradição, que o autor deste texto é o mesmo apóstolo S. João, o "discípulo amado".
Seja como for, o único evangelho que pode ser atribuido com segurança aos ditos sessenta anos após a morte de Jesus, como referiu a senhora Professora, parece-me ser o de São João, sendo que os restantes três seriam anteriores.
Para terminar, e esperando que a senhora Professora não partilhe desta tese "browniana", os textos canónicos não resultaram da política nem da escolha do imperador romano Constantino, uma vez que o Codex Muratori (datado de aproximadamente 180 d.C.) já traz uma compilação de textos muito próxima do actual Novo Testamento.

B) Sobre o Concílio de Niceia

Escutei, com grande espanto, a senhora Professora afirmar que a Igreja Católica, ao tempo do Concílio de Niceia (325 d.C.) teria sido constituída como instituição precisamente graças a este concílio, tendo tido a sorte de surgir, no meio das várias "seitas cristãs" (expressão sua, julgo eu), como a corrente considerada ortodoxa. Assim, graças a Constantino, a doutrina cristã oficial teria sido protegida por este imperador, e após ser retirada do universo das seitas e elevada à condição de ortodoxia, teria rotulado todas as restantes seitas de heterodoxas.
Antes de principiarmos, queria recordar a obra de Henri Lassiat, La Jeunesse de l'Église: la foi au IIe siècle (1979), referida por Jean Borella (ver nota no final do texto). Borella, o reputado filósofo francês especialista em cristianismo, afirma que Lassiat demonstra de forma "irrefutável" a existência de amplos testemunhos de que existia uma "regra de Fé" pré-Niceana, o que prova que a doutrina já estava bem definida (não na forma de um texto escrito, mas sim transmitida oralmente) entre os anos 100 e 200 d.C., o que inviabiliza a tese de que Constantino, ou mesmo o Concílio de Niceia, teria pervertido o legado crístico.
Pelo que a alegação da senhora Professora, no que diz respeito ao carácter de "seita" dos defensores da doutrina fixada formalmente em Niceia me parece ser uma alegação com pouco suporte documental. Se eu estiver a interpretar incorrectamente as suas afirmações, por favor, aponte-me as incorrecções, pois estou apenas a comentar com base na memória do que ouvi ontem.
Aproveito para fazer um parêntesis acerca do conceito de "dogma". É uma ideia frequentemente generalizada encarar os dogmas como uma criação exclusiva do Concílio de Niceia, e que estas formas autoritárias e rígidas seriam uma perversão do legado de Cristo. A História prova que esta ideia é falsa. A palavra grega "dogma", que significa "decreto", aplica-se desde as mais remotas origens do cristianismo às chamadas "verdades de Fé". Para vermos que não se tratam de imposições de carácter autocrático nascidas em Niceia, é importante saber qual era, e qual é, o significado genuíno destes "dogmas", ou seja, destes "decretos da fé cristã".
É útil recordar, como menciona Jean Borella, o legado de São Basílio de Cesareia, bispo da dita cidade, irmão de São Gregório de Nissa e amigo de São Gregório de Naziano. É que a obra de São Basílio é uma das mais importantes evidências da antiguidade da dita "disciplina do arcano": ou seja, falamos do preservar, sob a protecção do silêncio, as "verdades da fé", não só dos pagãos não baptizados, mas também dos catecúmenos, ou seja, dos "pré-cristãos" que aguardavam o baptismo e que para ele se preparavam longamente.
Nos primeiros séculos, ainda longe da generalização da prática do pedobaptismo, a administração deste sacramento (a palavra "sacramentum" é a fiel tradução latina do grego "mystérion", não esquecer) culminava um longo percurso de preparação, que hoje em dia ainda subsiste, chamado de "catecumenado". Ora a obra de São Basílio (destacando o "Tratado do Espírito Santo") explicita de forma clara a distinção entre o "dogma" e a "kérigma" ("proclamação"): aos não baptizados, estava vedado o conhecimento dos dogmas, ou seja, das verdades de fé. Assim, os primeiros pastores da Igreja, quando falavam publicamente, guardavam rigorosamente a "disciplina do arcano", vedando às plateias não preparadas (não baptizadas), a revelação da essência da fé, ou seja, dos dogmas. Nestes tempos muito recuados, sempre que falavam publicamente, os sacerdotes e os bispos usavam os "kérigmata", ou seja, "proclamações" públicas que evitavam a revelação generalizada das verdades písticas centrais ao cristianismo.
Assim, vemos que o significado da palavra "dogma" tem sido mal compreendido e mal estudado, visto que na origem revela algo cuja natureza é, surpreendentemente, mais "esotérica" do que se imaginaria, ou seja, de carácter mais interior e reservado do que se suporia.
Distinguindo "dogma" como algo de interior, de "kérigma" como algo de exterior, parece-me que não poderemos fazer leituras simplistas acerca do fenómeno de Niceia como se se tratasse de uma ditatorial e autoritária definição de regras que perverteriam o legado de Jesus Cristo para favorecer o Império e a Igreja.
Fechando este parêntesis, cara Professora Helena Barbas, sintetizo a minha dúvida deste modo: como é possível sustentar que não existia, desde o final do século I, uma regra de fé cristã bem solidificada, transmitida quase exclusivamente por via oral (os "dogmata" protegidos pela "disciplina do arcano"), que se manteria inalterada na sua essência até Niceia, quando em 325 d.C., os bispos cristãos reunidos em concílio decidiram formalizar a dita regra de fé no chamado Símbolo de Niceia?
É, até, curioso notar que a necessidade de formalização da fé neste primeiro concílio não nascera por vontade primordial da Igreja Católica mas sim como reacção ao fenómeno ariano, que naquele tempo alastrava com vigor. Vendo bem, atentando aos relatos que chegaram aos nossos dias, constatamos que fora o espírito filosófico grego imbuído na personalidade de Ário que o fizera procurar uma formulação metafísica nítida e clara para a relação entre o Pai e o Filho. Niceia é a reacção do mundo cristão à difusão generalizada das ideias metafísicas muito pessoais do próprio Ário. Essa reacção explica-se, na minha modesta opinião, pelo simples facto de que quem conhecia profunda e interiormente o legado apostólico, transmitido por via oral, via que as ideias de Ário, por muito "claras" que fossem, não eram compatíveis com o dito legado.
Mas tentemos ir à profundidade, dentro do possível, das motivações de Constantino: o imperador procurava, julga-se que suportado pelo Papa Silvestre I, juntar a Cristandade na definição clara da sua doutrina em Niceia, porque Constantino queria uma fé oficial sólida para o Império. O que o motivava era a união dos seus súbtidos sob uma mesma doutrina, fosse ela qual fosse, procurando o Imperador sempre aquela doutrina que pudesse gerar maior consenso, visto que a verdade acerca da mesma era algo que possuia para ele interesse secundário.
O Imperador não está dentro das subtilezas teológicas da questão: para Constantino, pouco importa o "homoousion" ou outras minúcias do género. A prova disso está no facto, que eu não vi a senhora Professora referir, de que poucos anos após ter promovido Niceia, Constantino estava activamente a promover a doutrina ariana: após 333, Constantino chama de volta os bispos arianos exilados e une os seus esforços a Ário. Esta reacção de Constantino, de verdadeiro retrocesso à sua política de protecção ao Concílio de Niceia, vai gerar consequências durante quase um século: toda a Europa, graças às políticas pró-arianas de Constantino, vai cair sob o fascínio desta heresia. Recordemos que é no ano de 358 que o exilado Papa Libério será obrigado a assinar uma profissão de fé muito duvidosa no dito Concílio de Sírmio. Mesmo depois do Concílio de Constantinopla (381), a europa permanecerá ariana durante muito tempo, em consequência deste verdadeiro volte face do Imperador, que infelizmente tão poucos comentadores modernos referem. Os Visigodos permanecerão arianos até ao baptismo de Clóvis no final do século V. Os Lombardos atrasarão o abandono do arianismo até meados do século VII.
Sinceramente, perante os factos históricos, não sei como é que se mantém, sem ser anacronicamente, a ideia de uma Igreja Católica escolhida de entre as seitas, e fortalecida graças à protecção de Roma.

C) Sobre as origens gnósticas da mortificação corporal

Fiquei surpreendido ao ver que a senhora Professora partilhava da opinião de que a penitência e o sofrimento corporal voluntários seriam algo de estranho ao cristianismo, encontrando as suas raízes no gnosticismo e no maniqueísmo. É inegável que a doutrina gnóstica considerava que a Criação era a obra maligna de um demiurgo, e que a matéria era intrinsecamente má. Contudo, é também inegável que essa era uma das principais razões pelas quais o cristianismo combateu o gnosticismo. Esse repúdio, essa malignidade da Criação, estavam (e estão) em total contradição com a tradição cristã e judaica (basta pensarmos no Génesis, por exemplo).
A tendência para uma valorização negativa da matéria sempre existiu no cristianismo, mas a sua génese nada tem de gnóstico! É pela noção do transcendente, pela elevação da condição espiritual acima da condição humana, que se pode abrir caminho para uma certa relativização da condição material, não enquanto maligna, mas enquanto inferior ao transcendente.
A abundância de exemplos da prática do ascetismo, a generalização dos testemunhos de eremitas e de vidas cristãs de grande penitência corporal, está presente no cristianismo desde as origens. O próprio martírio dos cristãos nas arenas romanas era já um bom exemplo desta entrega da vida às mãos dos carrascos romanos pela glória da defesa de uma verdade que transcendia este Mundo.
A mortificação corporal (nem sempre "auto-flagelação" como me pareceu que o debate de ontem pretendia concluir) não é uma prática do Opus Dei, mas sim do cristianismo desde sempre.
Não será, certamente, uma prática recomendada, mas ao mesmo tempo nunca tal prática se poderia condenar, desde que, dentro de certos limites, fosse mantido um respeito pelo corpo que impedisse a sua morte prematura (o que seria "contra natura").
Espero que concorde comigo quando aponto a diferença, cara Professora, entre o "endura" cátaro, a prática ultra-ascética do suícidio pela privação de alimentação, e o que a tradição cristã conta acerca, por exemplo, de um Santo Antão ou de outros santos que viveram como eremitas, alimentando-se de forma precária, procurando imitar Cristo (recordemos a estadia de Cristo no deserto) mas sem nunca procurar a gnóstica libertação da carne!
Para terminar, interrogo-me porque razão a senhora Professora não teria tido presente, no debate de ontem, uma evidência contrária às suas afirmações. Em S. Francisco, aliás, em toda a tradição franciscana, é difícil negar a presença da penitência corporal por via da privação dos bens e dos luxos da vida terrena. Ora, existirá hino mais anti-gnóstico, mais contrário à heresia gnóstica, do que o Cantico delle Creature, de São Francisco de Assis (2)?
Há, no cristianismo, um convívio generalizado com a penitência corporal, que também encontra raízes judaicas por via do jejum. Este convívio foi praticado e defendido sem qualquer relação causal com a heresia gnóstica. A mortificação corporal encontra a sua razão de existir na vontade, puramente pessoal, de certos crentes se identificarem com a Paixão de Cristo pela via do desconforto ou da penitência do próprio corpo, não porque este seria maligno, mas sim porque Cristo teria passado pelo mesmo tipo de situação,
É inegável que existiram, ao longo dos dois mil anos de história da Igreja Católica, vários exemplos de excesso, vários testemunhos de cristãos que levaram demasiado longe a relativização do corpo face ao espírito, e que, numa tentativa de fugir das "tentações da carne", procuravam na auto-flagelação uma solução para evitar cair em pecado. Este é, certamente, um caso de desvio do cristianismo, visto que de acordo com o legado cristão, o pecado resulta de uma decisão voluntária do Homem e não da malignidade do seu corpo, como defenderiam os gnósticos.
Conclusão: a mortificação corporal, como forma de imitação do sofrimento físico de Cristo, encontra o seu lugar na tradição cristã, sendo uma prática puramente pessoal, decidida e vivida opcionalmente na interioridade espiritual de cada um. A mortificação corporal como forma de expiação dos pecados é algo de excessivo e de seguramente posterior aos primeiros séculos do cristianismo, associando-se sobretudo à Idade Média e a um ambiente psicológico e social que a senhora Professora conhecerá certamente melhor do que eu, ao qual não é estranha a influência dos quiliasmos e dos sentimentos apocalípticos aliadas à vivência difícil de alguns dos séculos mais duros na História da Europa.

Falhando-me a memória para poder criticar outras afirmações proferidas pela senhora Professora Helena Barbas no referido programa televisivo, despeço-me com elevada consideração e respeito, não querendo de forma alguma manchar ou atacar a sua reputação académica, mas procurando sobretudo obter o esclarecimento das afirmações que aqui apontei e critiquei.

Com estima,

Bernardo Sanchez da Motta

(1) Jean Borella, Ésotérisme Guénonien et Mystère Chrétien, Delphica, 1997, Lausanne.
(2) Ver o texto completo desta composição de São Francisco aqui: http://www.crs4.it/Letteratura/CanticoCreature/CanticoCreature.html
Nota: consultei amplamente, na redacção deste texto, a enciclopédia católica on-line "New Advent", em http://www.newadvent.org