quinta-feira, 8 de maio de 2008

O aborto mata?

Então o Duarte Vilar, da Associação para o Planeamento Familiar (APF), não sabe que o aborto mata?
É curioso constatar que quem passou anos a fio a montar um mau raciocínio acaba por se ver "preso" pelas palavras.
A defesa do aborto é algo de tão errado, de tão ilógico, de tão bárbaro, que a lógica também cede. Também dá de si...
Para Duarte Vilar, o aborto não deveria ser considerado causa de mortalidade...
Será então causa de vitalidade?

Lisboa, 07 Mai (Lusa) - Nos 27 países da União Europeia é feito um aborto em cada 27 segundos o que representa um milhão e duzentos mil abortos anuais, segundo um estudo sobre a evolução da família na Europa em 2008.

O documento, apresentado hoje no Parlamento Europeu, foi elaborado pelo Instituto de Política Familiar (IPF), uma entidade civil que se define como independente, não vinculada às administrações públicas, partidos políticos ou organizações religiosas.

Segundo o relatório - realizado por uma equipa multidisciplinar composta por psicólogos, demografos, sexólogos e peritos em conciliação entre trabalho e família -, a Europa é um continente velho, "imerso num Inverno demográfico" com a natalidade em crise.

Os maiores de 65 anos já superaram em mais de seis milhões os jovens de 14 anos e cada vez nascem menos crianças (quase um milhão de nascimentos menos do que em 1980).

Dois em cada três lares europeus não têm nenhuma criança e apenas 17 por cento têm dois ou mais filhos.

De acordo com o relatório, Polónia, Roménia e Alemanha são os países da Europa dos 27 com um índice de natalidade mais crítico.

Por outro lado, adianta, são praticados por ano mais de um milhão e 200 mil abortos "o que equivale a um aborto em cada 27 segundos".

"O aborto, juntamente com o cancro, é a primeira causa de mortalidade na Europa", refere o documento acrescentando que cada dia deixam de nascer na Europa 3.199 crianças.

Esta análise é criticada pelo Director Executivo da Associação portuguesa de Planeamento Familiar que em declarações à Lusa considerou "uma aberração científica classificar o aborto como uma causa de morte".

"Isso é um discurso ideológico. Nunca vi nem nunca ouvi qualquer organismo a considerar o aborto como uma causa de mortalidade", disse Duarte Vilar, uma das caras do "Sim" no último referendo em Portugal sobre a despenalização do aborto.
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