segunda-feira, 7 de junho de 2010

Pobres desgraçadas

Da autoria do Padre Nuno Serras Pereira, mais um excelente texto como de costume...

«Deparei, no dia de hoje, com grandes parangonas nos jornais on-line apregoando que se tinha “consumado o casamento” de duas pessoas do mesmo sexo. Quando a mentira toma o poder, se infiltra na lei, metamorfoseando-a, se publicita na comunicação social e entra no linguajar comum acaba por dominar o pensamento, manipular as consciências e introduzir-se nas crenças e costumes de um povo. Como consequência minará a coesão social, desagregará a família fundada no matrimónio indissolúvel entre um homem e uma mulher, perverterá infância e a juventude, aumentará a violência, provocará a perseguição, suscitará graves problemas de saúde pública.

A falsidade da notícia é dupla: Primeiro porque diz que houve casamento quando o que houve foi um emparelhamento. Os ladrões e malabaristas das palavras cuidam que por mudarem o nome às coisas lhes transformam o ser. Ora estas são o que são independentemente da nossa opinião ou decisão. A realidade está aí e é dotada de uma consistência própria que resiste às nossas manigâncias e se afirma não obstante as nossas prestidigitações mentais, escritas ou verbais; em segundo lugar, porque afirma que o “casamento” foi consumado quando isso é evidentemente totalmente impossível (e se fora possível seria caso para perguntar como é que os jornalistas o sabiam – seria o “acto” público?).


Compactuar quer pessoal, quer institucionalmente, com a quimera daquelas duas desgraçadas afigura-se-me um manifesto desfavor e um enorme desamor para com elas. Pois que, recorrendo a S. Paulo, esta gente entrega-se “à imundície” e a “paixões vergonhosas” desonrando “entre si os próprios corpos” cometendo “torpeza(s)” com “sentimentos depravados”[1].»

[1] Cf. Rom, 1, 24-29

29 comentários:

Anónimo disse...

pobres desgraçadas?

Anónimo disse...

esta gente entrega-se “à imundície” e a “paixões vergonhosas” desonrando “entre si os próprios corpos” cometendo “torpeza(s)” com “sentimentos

em grande estara a falr da pedofilia

space shanty disse...

O que é hoje o casamento senão o "preto no branco?"
Casamento nada mais é do que estar-se "documentado". A vida íntima e as preferências sexuais só pertencem aos mesmos.
O casamento "católico" está falido, os "divorciados" impedidos de comungarem, os padres com sermões discriminadores, etc, etc, enfim:
A igreja assim vai bem, vai!!!

joaquim disse...

Em relação ao último comentário aqui escrito é forçoso dizer que a situação é exactamente ao contrário, ou seja, cada vez mais o Sacramento do Matrimónio, quando verdadeiramente assumido, é um oásis no meio das uniões entre homens e mulheres e é uma benção para as famílias e para as crianças.
É preciso perceber que a Igreja não existe para mudar a Doutrina ao sabor dos tempos, em primeiro lugar porque a Doutrina não é dela, mas foi-lhe transmitida por Deus, em segundo lugar, porque mesmo que por vontade dos homens da Igreja, (se lhes desse uma qualquer loucura), mudasse a Doutrina isso de modo nenhum significava que essa fosse a verdadeira Doutrina e Deus se encarregaria de fazer voltar a Igreja à sua pureza inicial.
Não é nada que não tenha já acontecido.
Depois é preciso perceber que a Igreja não é um clube que anda a contar o número de "adeptos", por isso a sua preocupação é com a salvação de todos, mas todos são livres de a quererem ou não.
A Igreja vai bem, vai até muito bem, e é precisamente nestes tempos conturbados, até para a própria Igreja, que ela se fortalece, se interioriza, assume os erros dos seus homens, e corrije o seu caminho em direcção a Deus.
Graças a Deus!
Um abraço em Cristo

margarida disse...

Um excelente texto? eu diria antes um texto infeliz.

"paixões vergonhosas"... quem somos nós para julgar?

Jesus soube sempe acolher todos aqueles com quem se cruzou.. e nós?

Luis disse...

""paixões vergonhosas"... quem somos nós para julgar?"

Sim, e o próprio Jesus apoiava as "paixões vergonhosas", não é mesmo Margarida?

Anónimo disse...

mas não as descriminava, não é mesmo que aceitava a todos e todos perdoava.

joaquim disse...

Pois aceitava e perdoava, mas despedia com:
«Vai e de agora em diante não tornes a pecar.» Jo 8, 11

E esta é a parte imprescindível para que o perdão seja dado, o firme propósito de não voltar a pecar, e não continuar na vida em pecado!

Espectadores disse...

Como o Joaquim bem explicou, é evidente que:

1) Jesus perdoava a quem estava arrependido e queria ser perdoado

2) Jesus dava a ordem de não se tornar a pecar, logo Jesus condenava o pecado

É importante sermos sérios.
São precisamente os cristãos, ao ficarem entristecidos pelos pecados dos homossexuais, que estão mais próximos deles, tal como Cristo está próximo dos pecadores, mas não dos pecados.

Aqueles que julgam que os homossexuais não pecam têm uma visão distorcida da realidade. E, na prática, não estão em capacidade para se aproximar do pecador e ajudá-lo. Muitos até encorajam os homossexuais a persistir no pecado. Gente louca. Há muito homossexual a viver vidas infelizes, e conscientes do seu pecado, querem sair dessas vidas. Aquilo de que não precisam, de certeza, é de tontos que lhes dêem palmadinhas nas costas. O nosso melhor amigo é o que nos diz, cara a cara, que erramos, e que temos que corrigir a nossa vida.

Bernardo Motta

Anónimo disse...

E é evidente que quem não professa a religião catolica não esta a cometer nenhum pecado, metam isso na cabeça. Por isso não tem nada que vir para aqui com essa lenga lenga do novo testamento. E quem diz o que esta dito pobres desgraçadas,e outras animalidades que tais, deve olhar para si e para o que a igreja faz de porco, assim mesmo não se choquem, e deixar os outros viver a sua vida, intima e que não diz respeito a nenhum de voces entendem,tenham ao menos comprensão ja que humanidade é zero.

margarida disse...

Bernardo,

Não me parece que seja com textos deste tipo que nos tornamos próximos destas pessoas.

E há muitos homessexuais a viver amores muito mais verdadeiros que alguns casais. E por isso sou capaz de aceitar, de respeitar..e acima de tudo não julgar.

maria disse...

Bernardo,

já o deixei sem resposta uns posts abaixo e continuo sem tempo para grandes explicações, mas...

O texto postado é um texto infeliz de alguém que não entende o sentido de ser cristão.

Jesus não perdoava pecados. Dizia: "os teus pecados estão perdoados" Assim mesmo. É diferente.

Para encontrarmos Deus nas nossas vidas é necessária a conversão. Mas Deus não é mais nem menos para nós, se nos conseguimos emendar ou não. Deus é tudo para nós, sempre.

Então, não é necessário emendarmo-nos? é! para nosso próprio bem e para o bem de todos.

Mas a homossexualidade é um pecado? Pode ser e pode não ser.

Então para quê o discurso nivelador.

No texto e comentários do Joaquim e do Bernardo, só retiro que, de facto, a moral e a ética sem misericórdia são apenas violência e injustiça. O oposto do que é de Cristo.

faz-me impressão uma religiosidade que para ser vivida precisa de criar uma ilusão de pureza. Porque eu sugeria ao Bernardo e ao Joaquim que aplicassem os mesmos critérios que aplicam aos outros sobre vós próprios. Com verdade!

Espectadores disse...

Caro Anónimo,

«E é evidente que quem não professa a religião catolica não esta a cometer nenhum pecado, metam isso na cabeça.»

Desculpe, mas tenho dificuldade em meter asneiras na minha cabeça. Sou alérgico a disparates.
Como é evidente, a religião católica explica e define que um pecado é um erro de conduta, que se materializa na desobediência a um preceito divino. Ora sendo que Deus é Deus de todos, então a Sua Lei é lei para todos. Por isso, se o católico está certo, o que é pecado é pecado para todos. Isto é simples lógica.

Eu vou dar-lhe uma ajuda: a sua frase teria toda a lógica, e já não seria um disparate, se estivesse escrita assim:

«E é evidente que quem não professa a religião catolica não concorda, necessariamente, com aquilo que essa religião considera ser pecado»

Como vê, se tivesse escrito a frase acima, eu não teria nada a apontar. A sua frase, pelo contrário, é uma bruta asneira, pois pretende que os católicos defendem uma espécie de "code book" interno, só para consumo por católicos. Isso seria uma tontice. Somos todos humanos, e o católico considera que o pecado é algo que tem a ver com toda a espécie humana.

«Por isso não tem nada que vir para aqui com essa lenga lenga do novo testamento.»

Claro que tenho: estou no meu blogue, e venho "para aqui" com o que bem me apetecer. Você, pelo contrário, é convidado. E os convidados devem ter boas maneiras.

«E quem diz o que esta dito pobres desgraçadas,e outras animalidades que tais, deve olhar para si e para o que a igreja faz de porco»

Penso que erra ao generalizar. Não é a Igreja que faz coisas porcas, são algumas das pessoas que dela fazem parte que fazem coisas porcas. Evidentemente, todo o ser humano pode fazer coisas porcas. Neste texto, condena-se essa porcaria toda, quer ela seja feita por pessoas fora da Igreja ou dentro da Igreja. Evidentemente, a Igreja também considera como coisas porcas os actos homossexuais perpetrados por católicos ou católicas.

«assim mesmo não se choquem, e deixar os outros viver a sua vida, intima e que não diz respeito a nenhum de voces entendem,tenham ao menos comprensão ja que humanidade é zero.»

Ouça: você não está a fazer sentido nenhum. Deverá ter algum razão para tal, mas nós não temos culpa por você não se conseguir expressar de forma racional. Aqui ninguém está a impedir ninguém de viver como quer. O que é que pretende, exactamente? Mandar-nos calar? Pretende censurar a nossa liberdade de expressão?

Aceite que vivemos numa sociedade plural. E que proclamar uma posição moral, como aqui fazemos, não deve ser visto como uma agressão e não deve ser censurado. Eu também, como se vê, não o censuro, e deixo-o comentar aqui neste meu espaço, apesar de você, até agora, só ter escrito asneiras sem sentido.

Aprenda a viver numa sociedade plural, e aprenda a respeitar posições diferentes da sua. E aprenda, já agora, a argumentar.

Cumprimentos

Espectadores disse...

Cara Margarida,

«Não me parece que seja com textos deste tipo que nos tornamos próximos destas pessoas.»

É a sua opinião!
Eu defendo como racional que nunca se ajuda alguém errado dando-lhe pancadinhas nas costas e encorajando-o a continuar a errar.
Eu tenho dois filhos, e não pretendo dar-lhes esse tipo de "ajuda" que consiste em dizer: "estás bem assim! não mudes!".

Toda a gente assumiu, assim de repente, que a partir de certa data, os comportamentos lésbicos e sodomitas passavam a ser porreiros. Sabe-se lá porquê, pois os defensores dessas porcarias não dão o mais leve argumento racional em defesa dessas perversões.

Ora, fica-se numa situação bizarra. Quase toda a gente normal é heterossexual, porque ser heterossexual é normal. E essa imensa maioria, convencida pela propaganda que é desumano apontar os erros de conduta dos outros, cai na esparrela de acreditar que a homossexualidade é inata, e imutável, quando nem um só estudo científico o comprova. Então, temos toda uma sociedade moralmente deturpada que se torna incapaz de detectar um problema moral. E como ajudar alguém moralmente errado, se nós mesmos não vemos o erro moral?

O que a Margarida tem a fazer é claro:

a) ou explica (para si mesma ou para os outros) porque é que tem a certeza de que o sexo homossexual não é imoral

b) ou muda de posição, e passa a ver o sexo homossexual como imoral: nesse caso, poderá ajudar as pessoas sob a influência do vício da homossexualidade a refazerem as suas vidas, reencontrando o caminho certo

Se você ainda acha que a homossexualidade não tem problema moral nenhum, então é evidente que nunca concordará comigo.

«E há muitos homessexuais a viver amores muito mais verdadeiros que alguns casais.»

Penso que mistura coisas diferentes:

a) se falamos de amor fraterno, então não há mal algum em que haja esse amor entre homens ou entre mulheres, pois o amor fraterno não tem qualquer carga sexual

b) se falamos de atracção erótica, é evidente que a atracção homoerótica é intrinsecamente desordenada: o objecto da nossa atracção não faz sentido biológico algum: é algo que algumas pessoas fazem como resultado do triunfo da vontade (a vontade tem muita força) sobre a natureza

Sendo assim, se me diz que há amizades maiores em certas parelhas homossexuais do que há entre marido e mulher, quem sou eu para negar? Haverá, certamente, e isso não tem mal algum.

Mas não use a palavra "amor" para sexo homossexual, pois isso é um contra-senso. O sexo homossexual não consiste na entrega de um homem a uma mulher, e vice-versa, com a união de ambos numa só carne. Para além de que o sexo homossexual é estéril e não tem nada a ver com o fim natural da sexualidade humana.

«E por isso sou capaz de aceitar, de respeitar..e acima de tudo não julgar.»

Parece-me que também confunde julgar pessoas com julgar actos. Em momento algum, no texto do Padre Serras Pereira, poderá depreender que ele julga aquelas mulheres. Ele chama-as de "pobres coitadas" precisamente porque elas são coitadas por causa do pecado em que vivem. Ele não está a condená-las, mas sim a condenar os seus actos homossexuais. E por isso as chama de "pobres coitadas". Penso que não conhece o Padre Nuno, senão saberia bem que ele não é pessoa para preferir julgar pessoas acima de julgar actos. A sua preocupação de sacerdote é simples e central: salvar almas. Ele, mais que ninguém, quer a salvação (e a felicidade) das almas daquelas pobres coitadas. Ele, ao contrário do que a Margarida possa pensar, é uma das pessoas que, neste momento, mais realmente se está a preocupar com elas. E certamente rezará por elas a Deus Pai, pedindo-Lhe que lhes desconte os pecados.

Um abraço

Espectadores disse...

Cara MC,

«O texto postado é um texto infeliz de alguém que não entende o sentido de ser cristão.»

É a sua opinião. Saiba que faz um juízo errado e injusto ao Padre Serras Pereira, um dos sacerdotes mais verdadeiros e competentes que conheço.

«Jesus não perdoava pecados. Dizia: "os teus pecados estão perdoados" Assim mesmo. É diferente.»

Qual é a diferença?

«Para encontrarmos Deus nas nossas vidas é necessária a conversão.»

Certo.
Abandonarmos o nosso pecado, para abraçarmos os mandamentos divinos e o caminho aberto por Cristo.

«Mas Deus não é mais nem menos para nós, se nos conseguimos emendar ou não. Deus é tudo para nós, sempre.»

Deus não muda. Nós é que nos perderemos, perdendo a Vida Eterna, se não nos emendarmos.

«Então, não é necessário emendarmo-nos? é! para nosso próprio bem e para o bem de todos.»

Até aqui, estamos de acordo.

«Mas a homossexualidade é um pecado? Pode ser e pode não ser.»

Como?
Se você não fosse católica, até entendia isso: afinal, essa é a crença da moda, fruto de potente propaganda. Mas você é católica, e sabe bem que a Tradição da Igreja é consistente na condenação da homossexualidade como intrinsecamente desordenada e imoral.

No entanto, nem é preciso ser-se católico. Basta que a frase "o sexo homossexual é pecado" seja convertida na frase equivalente "o sexo homossexual é imoral".

Realmente, a argumentação que diz que o sexo homossexual é pecado é argumentação racional, derivada da lei natural, que considera que os nossos corpos dizem-nos algo, à nossa razão, acerca da recta conduta do ser humano. Não está certo termos esse tipo de comportamento sexual. Esse tipo de sexualidade não é realmente humano: é desumano:

a) não une homem e mulher num só

b) não é uma doação fértil geradora de nova vida

Para além disso, e em termos anatómicos:

a) o sexo sodomita é de uma violência física extrema: não estamos anatomicamente feitos para isso

b) o sexo lésbico é patético e de uma impotência extrema: não estamos anatomicamente feitos para isso

O sexo homossexual é um puro absurdo, uma fonte de infelicidade, um auto-engano para quem o pratica, uma escravidão de vício travestido de "amor", um acto de perpétuo egoísmo e egocentrismo, um colocar do prazer físico acima da entrega e da doação a quem nos pode complementar a todos os níveis, incluindo o físico.

«No texto e comentários do Joaquim e do Bernardo, só retiro que, de facto, a moral e a ética sem misericórdia são apenas violência e injustiça. O oposto do que é de Cristo.»

Exactamente onde é que lhe parece que nós deixámos cair a misericórdia? É falta de misericórdia chamar pecado ao pecado? Cristo chamava pecado ao pecado, e pecador ao pecador, e era misericordioso. Acha mesmo que Cristo sancionaria o "casamento" destas duas mulheres?

«faz-me impressão uma religiosidade que para ser vivida precisa de criar uma ilusão de pureza.»

Não entendi.

«Porque eu sugeria ao Bernardo e ao Joaquim que aplicassem os mesmos critérios que aplicam aos outros sobre vós próprios. Com verdade!»

Ouça: eu falo por mim. Sou pecador! Claro que sou! Antes de chamar os outros de pecadores, reconheço que sou o maior de todos!
Mas eu não estou a julgar estas mulheres em concreto: eu não sei que obras boas elas terão para apresentar a Deus no dia do Juízo, se calhar têm mais obras para apresentar do que eu! Se calhar, elas são salvas, e eu condenado!

Note bem: não antecipo julgamentos divinos! Não me compete! Estamos a discutir pecados (actos) e não pecadores. É já bastante complicado discutir pecados, não queremos meter-nos na confusão de ter que discutir pecadores.

O sexo homossexual é um pecado. Isso é claro e objectivo. E, apesar de ser uma verdade universal, válida para todo o ser humano, um católico não tem qualquer desculpa para não o saber: a Igreja não tem dito outra coisa acerca desse tipo de comportamento.

Um abraço!

Anónimo disse...

"em meter asneiras na minha cabeça".

asneira faz o senhor meu caro, ao querer que não catolicos professem principios ou vivam segundo principios que só aos catolicos e quem professa o catolicismo dizem respeito, o senhor não entende isto então é burro desculpe lá. O ser catolico tem a ver com crença e um modo de vida com essa crença, porque é que um não catolico tem que seguir esses principios, o senhor seguia os de um não catolico? é a mesma coisa.

joaquim disse...

«Porque eu sugeria ao Bernardo e ao Joaquim que aplicassem os mesmos critérios que aplicam aos outros sobre vós próprios. Com verdade!»

MC

O que conhece de mim para poder dizer que não tento fazer isso todos os dias da minha vida?

A questão não está em conseguirmos emendar-nos, a questão está em querermos e fazermos tudo para nos emendarmos.

Para mim, cristão e católico, segundo a Doutrina da Igreja Católica, o acto homosexual é um pecado, como o é, por exemplo, por muito que custe a muitos, o sexo fora do Matrimónio.

Um abraço

Espectadores disse...

Caro Anónimo,

«o senhor não entende isto então é burro desculpe lá»

Eu nunca consegui entender aquelas pessoas que julgam que se safam, num debate, substituindo os argumentos pelo insulto e pela má educação.

Cumprimentos

Anónimo disse...

“Ora sendo que Deus é Deus de todos, então a Sua Lei é lei para todos. Por isso, se o católico está certo, o que é pecado é pecado para todos”

O tanas, La voltamos nos ao que eu disse no inicio, o homem é pecado para si e para quem acredita.

Porque você diz isto defendendo o absoluto. O que não é verdade, mas para si é, não extraia daí universalidades porque para mim e muitos outros não é. Deus não é de todos, deus é um conceito humano.

Depois

Aceite que vivemos numa sociedade plural. E que proclamar uma posição moral, como aqui fazemos, não deve ser visto como uma agressão. Não deve ser visto como uma agressão dizer e colocar certos epítetos em determinadas pessoas e que você acha correcto, mas se alguém denuncia os fracos da igreja,já vem com a desculpa de que “Não é a Igreja que faz coisas porcas, são algumas das pessoas” pois são e que por acaso pertencem a igreja e muitas não são simples párocos de província.

“Aprenda a viver numa sociedade plural, e aprenda a respeitar posições diferentes da sua.”

Eu aprendo,a minha sociedade não é religiosa e só obedece a lei, por isso me choca ver os destaques que você faz ao mencionar determinados assuntos fazendo-se de lorpa, em que não quer atacar ninguém, meu caro, eu não estou aqui a defender ninguém, já lhe disse há tempos que por mim sou alérgico a homossexualidade, pode considerar-me homofóbico no sentido em que nunca me relacionaria com tais pessoas nem em amizades, mas como o senhor diz, mas não sente, “Aprenda a viver numa sociedade plural, e aprenda a respeitar posições diferentes da sua” Eu sei viver numa sociedade plural com todas as nuances e multiculturalidades, que é precisamente o contrário do que o senhor afirma aqui.

“Ora sendo que Deus é Deus de todos, então a Sua Lei é lei para todos. Por isso, se o católico está certo, o que é pecado é pecado para todos”

maria disse...

Joaquim,

não conheço a sua vida. Mesmo que conhecesse não a ia expor numa caixa de comentários.

Mas não fui clara no meu comentário.

Estas divergências prendem-se com as imagens que temos de Deus.
E de nós próprios.

Como ando com uma luta contra o tempo, sugiro que leia o meu último post e o link para que ele remete.

Vai perceber melhor o meu comentário.

Abraço

maria disse...

Bernardo,


agradeço-lhe as boas gargalhadas que dei ao ler os seus comentários sobre o sexo homossexual...inevitavelmente fiz deduções (mais não digo nem sobre tortura, hihihihi...)

O padre Serras Pereira, usa o termo "Desgraçadas". E não coitadas. Embora signifiquem basicamente o mesmo.

Herdeiro dos platonistas, o Bernardo separa a pessoa em muitos extractos. O homem ou mulher, as ideias, os actos...se há uma Boa Notícia no Evangelho (redundância)é a unicidade da pessoa.
Quando amamos alguém, amamos tudo o que é. Porque o amor não é só para os bons momentos, certo?

Qual é a significação da parábola do "trigo e do joio"?

Eu não digo que os erros são bons, digo é que, nunca um erro pode identificar uma pessoa.

E ao contrário do que o Bernardo andou a expor nos comentários acima, vá ao Catecismo ver o que é necessário para que se verifiquem as condições para que algo seja pecado.

Abraço

VItal disse...

MC
"Bernardo, já o deixei sem resposta uns posts abaixo (...)"

E isso quer dizer que????
É mais inteligente? Defendeu A Verdade? Necessidade de afirmação?

Apenas um deslize, não é?

maria disse...

Vital,

e o seu comentário quer dizer o quê?

Já dialogo com o Bernardo há vários anos. Umas vezes deixa-me ele sem resposta, outras eu.

Nada de mais.

As nossas conversas e argumentação mútua rodam à volta dos mesmos temas. Não se responde a um comentário por mil e uma razões.
Uma delas pode ser que não é o momento ideal para continuar em círculos.

joaquim disse...

MC

Segundo o seu link

«Por parte de Dios, tus pecados están siempre perdonados. La pelota está siempre en tu tejado. Tú eres el que debes cambiar tu actitud vital para que descubras ese perdón y pueda significar algo esencial para cambiar tu vida.»

Já o escrevi algumas vezes, e continuarei a escrever, mas quem sou eu, pobre de mim?

Deus é amor e sendo amor é perdão constante, por isso, tal como diz o artigo, podemos dizer que os nossos pecados estão sempre perdoados, porque o amor de Deus, o Seu perdão é muito maior que o nosso pecado.

Mas o artigo diz exactamente aquilo que acima digo, ou seja, esse perdão para ser “assumido”, exige da nossa parte um propósito de mudança de vida perante o pecado que cometemos.

Ora se alguém que está em “pecado continuado” se for confessar, o sacerdote dir-lhe-á que deve deixar de cometer esse pecado, ou seja, ter um firme propósito de emenda, pelo que se esse alguém persistir nesse pecado nada fazendo para o corrigir, não só o Sacramento é nulo, como o próprio sacerdote pode, perante esse facto continuado, recusar dar a absolvição.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica

1490. O movimento de regresso a Deus, pela conversão e arrependimento, implica dor e aversão em relação aos pecados cometidos, e o propósito firme de não tornar a pecar no futuro. Portanto, a conversão refere-se ao passado e ao futuro: alimenta-se da esperança na misericórdia divina.
1491. O sacramento da Penitência é constituído pelo conjunto de três actos realizados pelo penitente e pela absolvição do sacerdote. Os actos do penitente são: o arrependimento, a confissão ou manifestação dos pecados ao sacerdote e o propósito de cumprir a reparação e as obras de reparação.

Um abraço

joaquim disse...

Ainda em tempo:

Deus nunca deixa de nos amar, por muitos pecados que cometamos, nós é que ao pecarmos continuamente sem propósito de emenda, sem vontade efectiva da nossa parte de conversão, nos colocamos fora do Seu amor.
Somos nós que rompemos com Ele e não Ele connosco.

Isto para falar em termos muito simples.

Um abraço

maria disse...

"Pois aceitava e perdoava, mas despedia com:
«Vai e de agora em diante não tornes a pecar.» Jo 8, 11

E esta é a parte imprescindível para que o perdão seja dado, o firme propósito de não voltar a pecar, e não continuar na vida em pecado!"

Joaquim,

no seu primeiro comentário escreveu isto. Acha-o compatível com a reflexão do link para que o remeti, e para o q escreve neste último comentário?

Quem é que tem o poder de perdoar? perdoar?

Um abraço

Outra pergunta que faço é quais são as condições para que haja pecado, segundo o catecismo?

joaquim disse...

MC

Claro que não só é compatível como está expresso na frase que respiguei do link.

«Por parte de Dios, tus pecados están siempre perdonados. La pelota está siempre en tu tejado. Tú eres el que debes cambiar tu actitud vital para que descubras ese perdón y pueda significar algo esencial para cambiar tu vida.»

Não sei espanhol, a não ser o que todos os portugueses sabem, mas julgo que a tradução desta frase será:

«Pela parte de Deus, os teus pecados estão sempre perdoados. A “bola está sempre do teu lado”. És tu que deves mudar a tua atitude de vida para que descubras esse perdão e ele possa significar algo essencial para a mudança da tua vida»

Em que é que isto é diferente do que eu escrevi?

O poder de perdoar pertence a Deus com certeza que o “delegou” nos Apóstolos e nos seus “seguidores” ordenados, (sacerdotes), conforme está bem expresso em:
Jo 20, 22-23
Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.»

Ou melhor dizendo, segundo o Catecismo:
1441. Só Deus perdoa os pecados . Jesus, porque é Filho de Deus, diz de Si próprio: «O Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados» (Mc 2, 10) e exerce este poder divino: «Os teus pecados são-te perdoados!» (Mc 2, 5). Mais ainda: em virtude da sua autoridade divina, concede este poder aos homens para que o exerçam em seu nome.

E ainda:
1461. Uma vez que Cristo confiou aos Apóstolos o ministério da reconciliação os bispos, seus sucessores, e os presbíteros, colaboradores dos bispos, continuam a exercer tal ministério. Com efeito, os bispos e os presbíteros é que têm, em virtude do sacramento da Ordem, o poder de perdoar todos os pecados, «em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo».

A definição de pecado, segundo o Catecismo:
II. Definição de pecado
1849. O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a recta consciência. É uma falha contra o verdadeiro amor para com Deus e para com o próximo, por causa dum apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e atenta contra a solidariedade humana. Foi definido como «uma palavra, um acto ou um desejo contrários à Lei eterna» .

Um abraço

joaquim disse...

Caro Bernardo

Tentei enviar-lhe um mail por diversas vezes mas foi sempre rejeitado!

Um abraço amigo

Vital disse...

MC,

"e o seu comentário quer dizer o quê?"
Quer dizer coisa muito simples:
- ao ler, como um espectador, a discussão entre você e Bernardo, tal frase sua não figurou para mim nada além de provocação ou propaganda de si mesmo.

(mas, convenhamos, isso deve ser pelo fato de que eu não sabia que você e Bernardo há tempos discutem e se deixam sem resposta. Falha minha em não acompanhar desde cedo a vida de ambos, ou de pedir esclarecimentos. [que foram dados, obrigado])