quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sviatoslav Richter toca Rachmaninov - Concerto para Piano e Orquestra N.º 2 em Dó menor



Este é o primeiro andamento do Concerto. Por volta dos 7 minutos, quando se nota um subtilíssimo "rallentando", como que a vincar o vórtice deste andamento, Sviatoslav Richter demonstra cabalmente a falsidade do materialismo, e a verdade acerca da alma humana, imaterial e sedenta da beleza e do amor de Deus. Não é preciso muito esforço mental para se constatar que um mecanismo complexo era incapaz de compor como Rachmaninov compôs ou de criar uma execução da peça como a de Richter. Logo, o ser humano é muito mais que um mecanismo complexo. Ambos os actos, a composição de uma peça e a sua execução, não são obra de um complexo mecanismo evoluído, mas sim de uma alma imaterial, livre, que aspira à beleza que não tem fim. É da alma de Rachmaninov que vem esta magnífica peça, e é da alma de Richter que vem esta magnífica execução.

4 comentários:

O Sousa da Ponte - João Melo de Sousa disse...

Sublime!

Espectadores disse...

Caro Sousa da Ponte,

É, realmente, sublime.
Eu penso que a arte, sobretudo a de qualidade, mostra-nos um argumento fortíssimo para a existência de uma inteligência criadora infinita por detrás de tudo o que existe.

É perante nacos artísticos como este que o ateu materialista faz triste figura: é que ele quer convencer-nos de que este génio todo vem da matéria, e da matéria apenas. Que, do Big Bang até ao Sviatoslav Richter e à execução deste magnífico Concerto n.º 2 de Rachmaninov, há apenas uma linha de evolução contínua, totalmente material. Que tudo é apenas matéria a evoluir em tempo a passar.

Gente doida!

Um abraço,

Bernardo

Anónimo disse...

E a educação tambem, va mostrar isso a um rural e analfabeto

Anónimo disse...

A educação é parte integrante, claro que há condições genéticas que predispoe, ou seja dão o dom, nem todos podem ser cristianos ronaldos apesar de treinarem igual e terem acesso aos mesmos treinadores e preparadores fisicos e mesmas condições, nem todos os fadistas podem ser amálias, mas se não houver educação nao vai la esse espirito que o senhor enaltece dessa forma.

Se o tal compositor e a obra que o senhor aprecia tivesse nascido na amazónia provavelmente tocaria batuque, cá na europa um mozart ou esse mesmo que o senhor aprecia, se não tivesse tido acesso a uma educação e aos instrumentos musicais, provavelmente tocaria ferrinhos, um miguel angelo nascido ha muitos séculos atrás em vez de pintar a capela sistina teria pintado grutas. Etc etc etc.

E a educação do ouvido para apreciar certas obras musicais também é importante e muda ao longo da vida. O contacto com a musica determinadas músicas pode vir da familia, da escola, dos amigos, do meio social etc, há ritmos que nos incentivam mais numas alturas que outros.