O impagável movimento "Nós Somos Igreja", em reacção à carta do Papa acerca da questão irlandesa, acaba de publicar um comunicado vampiresco, que se aproveita das vítimas de abusos sexuais dentro da Igreja para promover, mais uma vez, a sua "agenda" anticatólica:
IMWAC Press Release on some aspects of the pastoral letter of Pope Benedict XVI to the Catholic Church in Ireland
Vejamos um excerto:
«The Catholic reform movement considers a review of the Church's sexual teaching essential. This must include the question of mandatory celibacy in the Latin Church, which has already been suggested even by bishops and cardinals. Even if there is no simple causal relationship between mandatory celibacy and sexual violence, the law of mandatory celibacy is a visible expression of the hostility of a male church against sexuality and women. The lack of collegial and democratic structures as a means of making the ecclesial structures accountable to the laity is also a problem that should be taken into account. Only when the structural problems are acknowledged and addressed can the Church become credible and bring about forgiveness and reconciliation.»
Este texto, que vale a pena ler na íntegra para nos darmos conta da profundidade da sua desonestidade, ofende em duas frentes principais:
1) Ofende a razão: quem acredita que é o celibato o culpado pelos casos de abuso sexual? se um celibatário é, por definição, quem se abstém de sexo, como seria o celibato sacerdotal culpado pelos abusos sexuais?
2) Ofende a Igreja: quem acredita que estes tipos são católicos ou que podem falar em nome da Igreja Católica?
Que coisa será o "Catholic reform movement"? Quem são estes tipos? Quem é esta gente? E quem acreditará nestes mentirosos?
A Igreja católica nunca teve tal coisa como "democratic structure", e em documento algum do Vaticano II se fala na criação de tal estrutura. O lema católico é, e sempre foi, "cum Petro et sub Petro", com Pedro e sob Pedro.
Viva o Papa!
Abaixo estes miseráveis auto-proclamados católicos!
PS: As minhas desculpas aos leitores mais sensíveis, e que possam ficar arrepiados com a minha linguagem, aparentemente indicadora de espírito pouco cristão para com este movimento dito "católico".
Se Deus Nosso Senhor nos convida à fraternidade e à paz, também nos deixa este mandamento evangélico (São Mateus 10, 16):
«Envio-vos como ovelhas para o meio dos lobos; sede, pois, prudentes como as serpentes e simples como as pombas.»
Numa altura em que os lobos recebem atenção mediática, e tentam levar-nos à perdição, temos que estar atentos, não nos deixarmos enganar pelos manhosos, e levantar a voz pela verdade.
"Mas, no íntimo do vosso coração, confessai Cristo como Senhor, sempre dispostos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la peça" - Primeira Carta de São Pedro, cap. 3, vs. 15.
quinta-feira, 25 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
Somos nómadas e peregrinos...
“…Somos nómadas e peregrinos. É assim que devemos entender a Terra, a nossa vida, a forma de nos relacionarmos uns com os outros. Somos apenas hóspedes na Terra; mas isto também nos faz recordar a nossa peregrinação mais profunda e misteriosa, faz-nos lembrar que a Terra não é a nossa meta definitiva, que estamos a caminho de um mundo novo e que também as coisas da Terra não são as derradeiras e definitivas. Mal ousamos dizê-lo, porque somos censurados por aqueles que alegam que os cristãos não se preocupam com as coisas terrenas e descuram a edificação da cidade nova neste mundo, porque julgam ter sempre o pretexto de se refugiarem no outro. Mas isto não é verdade. Aquele que se lança de cabeça no mundo e para quem a Terra é o único céu transforma a Terra num inferno, porque faz dela o que ela não pode ser, porque quer ter nela o que é definitivo…”
Neste pequeno excerto da extraordinária reflexão Pascal “Mistério Pascal”, o então Cardeal Joseph Ratzinger, agora o nosso Papa Bento XVI, exorta-nos a viver como nómadas, como peregrinos que buscam uma chegada, mas cientes que o seu caminho não está traçado, cientes que o caminho se faz andando. Não se trata de profetizar uma forma de vida inconsequente, leviana ou irresponsável; pelo contrário, trata-se de anunciar a vida como ela é e assim descobrir como viver na plena consciência da nossa condição. E é a consciência desta condição de nómadas que somos na Terra que nos liberta e nos leva aos outros, com a simplicidade de quem busca e de quem leva tudo o que possui no coração.
Deus fez-Se homem em Jesus Cristo, desceu à nossa condição e entrou no tempo e no espaço. Foi verdadeiramente homem, igual a nós, no sofrimento, na exposição à tentação, na dor, no medo, foi igual a nós em tudo excepto no pecado. Foi através do amor infinito que se esgota e renasce no próximo que Deus feito homem salvou a humanidade, que a libertou do pecado anunciando o mandamento novo, “Que vos ameis uns aos outros, como Deus vos Ama”. Acabaram-se as trevas, o medo, o sofrimento eterno.
Jesus Ressuscitado mostrou-nos que o Amor vence a morte e nos transporta para a dimensão da vida eterna. Mas só quem vive como nómada nesta Terra pode descobrir esse amor extraordinário que Jesus anuncia no mandamento novo. Quem, por seu turno, procura na “Terra o seu único céu transforma a Terra num inferno”.
Nesta altura em que nos preparamos para a festa da Páscoa, lembremos a partida de Jesus para o deserto, onde jejuou durante quarenta dias e foi tentado três vezes por Satanás. De todas as vezes que o Diabo tentou Jesus, começou sempre da mesma forma, “Se Tu és filho de Deus…”. Tal como nos lembra o Papa Bento XVI no seu livro Jesus de Nazaré, os soldados romanos, quando jogavam sortes sobre as vestes de Jesus, repetiam esta mesma frase, “Se és filho de Deus, desce da cruz”. Esta frase tão típica da humanidade tem, como podemos constatar ao ler os Evangelhos, origem no Diabo, fonte de todo o mal e de todo o pecado. E é uma frase do Diabo porque, de facto, a sua essência nega Deus, ou seja, limita a nossa capacidade de amar porque procura condicionar o Amor e a verdade de Deus à nossa lógica.
Na Carta Encíclica Spe Salvi o Santo Padre abordou as principais correntes ateístas que marcaram profundamente a história dos últimos séculos da sociedade ocidental (a Revolução Francesa, o Marxismo, entre outras) e constatou que todas elas, sucessivamente, se revelaram falsas, sobretudo porque procuraram obter da Terra algo que ela não lhes podia dar, ou seja, “o seu único céu”, aquele que é definitivo. Este abandono de Deus, que tem levado a humanidade a tanto sofrimento, consubstancia-se na incapacidade de amar o outro pelo outro. Porque quando amamos o outro apenas por aquilo que ele é, descobrimos nele algo de extraordinário, algo de divino, descobrimos nele o milagre da criação de Deus. Mas se retiramos Deus das nossas vidas deixamos de ter a capacidade de amar o outro pelo outro e passamos a amá-lo em função de nós próprios, das nossas necessidades, desejos, projectos e aspirações... Deixa de ser um amor gratuito e passa a ser um amor que cobra. Deixamos de cumprir o Mandamento Novo e tornamo-nos seres que, em lugar de viver para servir, vivem para ser servidos. E assim conhecemos o frio da noite e o horror do penhasco porque estamos irremediavelmente sós.
É este ateísmo que se enraíza na tentação, porque como lembra o Papa Bento XVI, mais uma vez no seu livro Jesus de Nazaré, “Faz parte da natureza da tentação a sua aparência moral: não nos convida directamente a realizar o mal, seria demasiado grosseiro. Finge que indica o melhor: abandonar finalmente as ilusões e empregar eficazmente as nossas forças para melhorar o mundo. Além disso, apresenta-se com a pretensão do verdadeiro realismo. O real é o que se constata: poder e pão. Comparadas com isto, as coisas de Deus aparecem irreais, um mundo secundário de que verdadeiramente não há necessidade”, que guiou a humanidade à encruzilhada onde se encontra:
- Colonizações e descolonizações absolutamente desregradas que foram e são fonte de tanta angústia, sofrimento e morte;
- Guerras e acções terroristas que devastam a humanidade;
- Metade do mundo a viver abaixo do limiar da pobreza, numa situação de total falta de dignidade, sem acesso aos bens mais básicos como a água potável e a alimentação;
- Em contra-ciclo, a outra metade do mundo vive na sociedade da abundância, na era dos direitos que ignoram os deveres: reclama para si todos os direitos, mesmo os supérfluos, e ignora de uma forma fria e insensível o sofrimento dos seus irmãos que nada têm;
- A economia mundial que se desliga progressivamente da política e passa a olhar o lucro como o fim último de toda a sua actividade, esquecendo que a razão da sua existência é o desenvolvimento da humanidade;
- A imoralidade que se confunde com a moralidade, o ataque à família, o aborto, a droga...
Tudo isto nos revela dois mundos distintos; um mundo de pessoas que vivem sem as condições mínimas, mesmo sem que aquelas que a dignidade humana pressupõe; e um outro mundo que vive centrado no conforto, mas que dá mostras de sofrer de uma doença maligna: basta olhar para o aumento das taxas de suicídio, para o disparo do consumo dos anti-depressivos, para a solidão que ataca sem remorso.
Tudo isto se consubstancia na ausência de Deus.
Tudo se consubstancia na procura do único céu, do céu definitivo, aqui na Terra.
Contudo, como peregrinos que somos, fazemos a nossa caminhada para a Páscoa. Tal como Jesus, passamos agora pelo deserto; mas, também como Jesus, depende de nós resistir à tentação. Jesus veio anunciar-nos a boa nova do perdão e da esperança. Basta que coloquemos Deus no centro das nossas vidas para podermos edificar na Terra a Civilização do Amor. Como dizia S. Paulo “Agora vemos por um espelho, e de maneira obscura, o que depois veremos face a face. Agora conheço apenas uma parte, mas não conhecerei conforme também sou conhecido. Agora permanecem fé, esperança, amor, todos juntos. Mas o maior de todos é o amor.”
Tal como Cristo Crucificado, façamos também nós com que o mundo fique suspenso pelo nosso amor e assim descobriremos a beleza da nova civilização, a civilização do amor, que a Ressurreição de Jesus anunciou.
Uma Santa Páscoa,
Duarte Macieira Fragoso
segunda-feira, 1 de março de 2010
Oprah e as Irmãs Dominicanas
Simplesmente espantoso...
Oprah Winfrey entrevista as Irmãs Dominicanas de Maria.
A idade média, nesta comunidade de freiras dominicanas nas imediações de Detroit, é de 26 anos. Temos muito que aprender com os católicos norte-americanos!
Oprah Winfrey entrevista as Irmãs Dominicanas de Maria.
A idade média, nesta comunidade de freiras dominicanas nas imediações de Detroit, é de 26 anos. Temos muito que aprender com os católicos norte-americanos!
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