segunda-feira, 25 de maio de 2009

Artigos de Stanley Jaki

Com o recente desaparecimento do Pe. Jaki, começam a multiplicar-se os artigos da sua autoria que são colocados "online". Não sei se estes artigos seus, editados nas publicações do Intercollegiate Studies Institute, já estavam "online" há muito tempo ou não, mas só os descobri hoje no site do First Principles, e são inestimáveis:

A Thousand Years from Now
Science and the Future of Religion
The Modernity of the Middle Ages
The Physics of Impetus and the Impetus of the Koran
History as Science and Science in History
Science: Revolutionary or Conservative?
The Three Faces of Technology
Censorship and Science
Einstein and the Absolute Beneath the Relative

Estes textos (e basicamente tudo o que escreveu o Pe. Jaki em mais de quarenta livros e incontáveis artigos) são de leitura obrigatória, tanto para o católico que precisa de aprender que a sua fé católica é a mãe da ciência moderna, como para qualquer pessoa que ainda esteja sob o efeito nocivo da mitologia anticlerical dos últimos séculos.

Não são poucos os que têm tentado, ao longo de gerações e a todo o custo, criar uma artificial incompatibilidade entre cristianismo e ciência, e que têm tido sucesso na propaganda do conceito de "cristianismo obscurantista", de uma Igreja Católica inimiga do conhecimento científico. Aproveita-se a parca cultura de muita gente para lhes incutir ideias diametralmente opostas à verdade dos factos.

Também em Portugal, com a "lenda negra" acerca dos Jesuítas, tem-se tentado a todo o custo esconder a produção científica portuguesa nos séculos que antecederam o "iluminismo" do Marquês de Pombal. A razão é simples: essa produção científica está em choque frontal com a ideologia em voga, que atribui à Companhia de Jesus, e à Igreja Católica, todo o presumido "atraso" científico do nosso país.

Com o trabalho de Jaki, damo-nos conta de que este fenómeno propagandístico anticristão assume uma escala global. E quem sofre, nestas jogadas de bastidor, é a própria Ciência.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Lixo mental

João César das Neves

DESTAK | 21 | 05 | 2009 07.48H

Vivemos num tempo que, tendo muito cuidado com o que mete no estômago e pulmões, não dá atenção ao que mete no cérebro. A cada passo ouvimos recomendações sobre saúde, alimentação e ambiente, multiplicam-se os produtos dietéticos, actividades saudáveis, locais sem fumo.

Ao mesmo tempo todos passam horas a absorver o pior lixo mental na televisão, computador, livros e revistas.
Filmes boçais, sites infames, programas idiotas, revistas escabrosas, videojogos obscenos, séries imbecis constituem a dieta intelectual dos cidadãos, tão conscientes da sua saúde física. Na ficção como nas notícias, a violência extrema, pornografia descarada, egoísmo, gula, desonestidade são produtos comuns.

Assim é inevitável a descida ao abismo espiritual a que se assiste. Sabemos bem que se não tivermos cuidado com a nutrição e não atendermos aos equilíbrios ambientais cairemos na obesidade e a poluição será avassaladora. Não admira portanto que, recusando-nos a formular orientações para o espírito, se acabe na decadência ética e estética. Isso em nome da liberdade, que rejeitamos na saúde e ambiente.

A razão da situação é clara. Os nossos avós, sem cuidado com comida, fumo e ecologia, eram moralistas intolerantes. Nós, censurando-os asperamente, corrigimo-los cuidando do corpo e libertando o espírito. Isso foi-nos fácil porque, afinal, os erros sanitários e a ditadura moral em que nos educaram não eram tão graves que nos impedissem de reagir. Os nossos netos saudáveis terão muito mais dificuldade em recuperar da porcaria intelectual em que nós os educámos.

João César das Neves | naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt

terça-feira, 19 de maio de 2009

Stanley L. Jaki (1924-2009)



Húngaro de nascimento, norte-americano de coração (vivia em Princeton, Nova Jérsia), o beneditino Padre Jaki doutorou-se em Teologia em 1950, no Instituto Pontifício, em Roma. Em 1957, doutorou-se em Física, na Universidade de Fordham, sob a orientação de Victor Hess. Fez investigação em História da Ciência nas universidades de Stanford, Berkeley e Princeton. Foi professor de Física durante largos anos na Universidade de Seton Hall.

No seu livro, The Relevance of Physics (1966), o Padre Jaki foi pioneiro no retirar das devidas conclusões, para a tão procurada teoria unificadora em Física, dos Teoremas da Incompletude de Kurt Gödel. Apenas em 2002, o brilhante físico Stephen Hawking deu uma palestra em Cambridge com o título "Gödel and the end of physics", tirando as mesmas conclusões que Jaki, mas 36 anos mais tarde.

Foi sensivelmente há um ano atrás que o Henrique Leitão me emprestou, de uma assentada, dois livros do Padre Jaki: The Saviour of Science e The Purpose of it all.

Passei os meses seguintes a ler estes dois livros. No final do Verão, de forma algo desordenada e caótica, dei por mim a passar pela terceira vez por algumas das páginas. Perdi horas de sono graças ao Padre Jaki. Não sei explicar o que senti ao lê-lo: uma enorme afinidade, um entusiasmo contagiante, uma alegria que só se sente quando se descobrem verdades.

Era uma inteligência superior e um cristão superior. Quem o conheceu diz que rezava pelo menos uma hora por dia, de joelhos. E que este eminente físico e historiador da ciência andava com o seu terço no bolso, para que estivesse sempre pronto a rezá-lo (1).

Quando recuperei o fôlego, depois de me ter dado conta de que o Padre Jaki era, sem dúvida, o autor contemporâneo mais importante que eu tinha descoberto nos últimos anos, dei comigo a preocupar-me com algo natural: o Pe. Jaki tinha 84 anos e não caminhava para novo.

Pensei que já nos restava pouco tempo para aproveitarmos a riqueza humana e intelectual de alguém assim. Temi pela sua morte.

Apenas hoje, com muito atraso, soube da sua morte em Madrid, no passado dia 7 de Abril, acabado de regressar de uma viagem a Roma onde proferira conferências. A fotografia acima data deste último Março, e foi tirada em Roma.

Deus Pai, benevolente, garantirá ao Padre Jaki a imensa alegria de poder conversar animadamente, e sem problemas de tempo ou fadiga, com Chesterton, Pierre Duhem ou com o Cardeal Newman.

A nós, resta-nos a tristeza da separação de uma pessoa tão valiosa. E restam-nos os seus livros (mais livros do Padre Jaki aqui).

(1) Stanley L. Jaki by Rev. George W. Rutler, 21-4-2009.

Paulo Rangel e a Igreja Católica

Comentário à entrevista de Paulo Rangel para a revista "i", intitulada: "A Igreja deveria abrir mais na questão homossexual".

A coerência, como valor pessoal e intelectual fundamental, está fora de moda.
Muitas figuras públicas, sobretudo nos meandos da política, são descaradamente incoerentes, e não se preocupam por aí além.
Hoje em dia, é sobretudo valorizada a dissidência, ou seja, uma espécie de atitude de "jovem rebelde" ou "livre-pensador". A coerência passa para segundo plano, ou sai mesmo de cena. O que deve fazer um eleitor que procure, hoje em dia, um político coerente em quem depositar o seu voto?

«É um católico mesmo praticante? Vai à missa?

Sim, mas sou um progressista, não me revejo na moral de costumes da Igreja Católica, na não ordenação das mulheres, no não casamento dos padres.»


É realmente espantoso que seja católico (mesmo da tal estirpe especial e minoritária dos "praticantes") e não se reveja em questões importantes da doutrina da Igreja.
É caso para perguntar: porque escolheu a Igreja Católica, quando há outras religiões que não apresentam a Paulo Rangel as objecções que ele levanta?

«Defende o casamento dos padres?

Em primeiro lugar defendo a ordenação das mulheres. Não compreendo que hoje, 2009, a Igreja tenha esta restrição. Olhe, o São Paulo, que tem aura de ser um autor sexista, em grande parte das igrejas que fundou as chefes eram mulheres. O que revela bem que o estatuto da mulher não era assim tão subalterno quanto pode parecer da leitura de alguns textos.» (negrito meu)


Este trecho é uma contradição.
Paulo Rangel defende a ordenação das mulheres na Igreja Católica, e logo a seguir, diz que "não compreende" essa restrição. Se não a compreende, como pode ser contra ela? Trata-se de simples lógica: se não compreende uma tese T, então não pode concordar com T nem com a sua negação: simplesmente não pode ter uma posição enquanto não compreender a tese T, e decidir a seu favor ou contra ela.

Outra erro terrível para qualquer católico é o de considerar que o sacerdote é um "chefe". É perfeitamente normal que São Paulo tenha dado responsabilidades de chefia a mulheres, mas isso não fez delas sacerdotes. As funções de sacerdote não são as funções de um "chefe".

«Na Igreja é [subalterno, o papel da mulher].

Na igreja institucional, sim. Mas com Jesus Cristo não. Tudo o que se conhece até aponta para um certo escândalo por ele ter mulheres apóstolas. E São Paulo também, curiosamente.»


Paulo Rangel diz que, na Igreja Católica institucional, o papel da mulher é subalterno. O que, mais uma vez, nos faz pensar porque razão terá Paulo Rangel escolhido uma religião machista para dela fazer parte. Mas, mais uma vez, Paulo Rangel erra, ao considerar que o papel da mulher na Igreja Católica é subalterno, e pelas razões atrás mencionadas: o sacerdote não é um "chefe".

«Concordou com a despenalização do aborto?

Eu estou de acordo com a posição da Igreja quanto ao aborto e à eutanásia. No resto não. Nos anticonceptivos sou um radical activista contra as posições da Igreja. Na moral sexual em geral sou contra: casamento, divórcio, a questão dos homossexuais.»


Paulo Rangel, aqui, usa a Igreja Católica como um supermercado. Vai ao corredor procurado, retira as partes que deseja, deixa o resto de parte. Uma religião "self-service". Note-se que Paulo Rangel, para além de se afirmar como um "radical activista" diz que na moral sexual, em geral, é contra as posições da Igreja. De novo, surge a teimosa pergunta: então, se é contra, porque razão escolheu a Igreja Católica?

«Defende o casamento gay?

Não é uma coisa que eu defenda hoje. Defendo uma instituição à parte.

A solução inglesa?

Um instituto análogo ao casamento. Para a sociedade portuguesa seria a melhor solução agora. Não porque eu não reconheça o direito? Eu percebo muito bem as reivindicações dos activistas e das activistas dos movimentos gay, mas acho que sociologicamente também temos que respeitar as convicções da maioria da população portuguesa, que é muito conservadora nesta matéria. Temos de encontrar um equilíbrio. A terceira via é um bom equilíbrio. Aliás, nas associações activistas há uma certa contradição. Elas dizem: agora falamos em casamento e mais tarde na adopção, é preciso um primeiro passo. Mas eu acho que é preciso um primeiro passo antes do casamento. Se aceitássemos a teoria gradualista, criavam- -se menos fracturas.»


Disfarçada sobre a capa de "respeito" pelas "convicções da maioria da população portuguesa", está uma escandalosa arrogância: a de pensar que a sociedade portuguesa ainda é "muito conservadora nesta matéria", o que é o mesmo que dizer que ele, Paulo Rangel, e os que pensam como ele, estão do lado do progresso, e que é só uma questão de tempo até os "atrasados" apanharem o comboio do progresso.

Outro problema para o Paulo Rangel católico: os católicos não se opõem ao "casamento gay" apenas porque isso "usurparia" uma palavra que lhes é cara. Eles opõem-se ao "casamento gay" porque se opõem à homossexualidade como tendência imoral, ou seja, errada.

«Mas eu percebo que há aqui questões sociológicas, de respeito pelas convicções dominantes na sociedade. E também têm de ser tidas em conta, não há aqui só direitos de uns. Prefiro uma engenharia social gradual. Mas acho que é aqui, na relação com os homossexuais, que a Igreja deveria abrir mais. Em toda a moral sexual é preciso uma grande renovação na Igreja. E há coisas que não compreendo de maneira nenhuma: a ordenação das mulheres, o casamento dos padres, a questão dos anticonceptivos, não percebo como é que se consegue continuar com este discurso.» (negrito meu)


Para além de uma linguagem metafórica ridícula (a da Igreja "fechada" e "aberta"), que se aplica a portas e janelas, e não a uma doutrina, Paulo Rangel mostra, neste trecho final, a incoerência apontada atrás: na mesma frase, sugere alterações profundas para a Igreja Católica, ao mesmo tempo que usa repetidamente expressões como "não compreendo" e "não percebo".

Recomendo a Paulo Rangel a consulta urgente do Catecismo da Igreja Católica.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Cinismo e atrevimento: Barack Obama em Notre Dame

O discurso integral de Barack Obama, na Universidade Católica de Notre Dame, proferido ontem, encontra-se aqui.

Algumas observações soltas em torno de certos trechos cínicos e atrevidos...
(para uma excelente crítica ao discurso, ver o texto de Keith Fournier)

«We must decide how to save God's creation from a changing climate that threatens to destroy it.»


Realmente, temos que decidir como salvar parte da Criação de Deus, nomeadamente os seres humanos que crescem nos ventres de suas mães, de um Presidente que já permite que estes sejam destruídos e considera essa destruição um direito das respectivas mães.

«In short, we must find a way to live together as one human family.»


Uma família humana unida, excepto uns quantos milhões de fetos e embriões que ficam fora dela...

It is this last challenge that I'd like to talk about today. For the major threats we face in the 21st century - whether it's global recession or violent extremism; the spread of nuclear weapons or pandemic disease - do not discriminate. They do not recognize borders. They do not see color. They do not target specific ethnic groups.


Quase que se ouve a sair da boca de Barack: "But I do target specific age groups...".

«all the cruelties large and small that those of us in the Christian tradition understand to be rooted in original sin»


Cá está a referência ao Pecado Original. Só que, ao invés de ser uma "afagadela" aos católicos, é uma cuspidela na cara da decência moral. Haverá alguma dúvida de que matar fetos e embriões humanos é uma "crueldade" cujas raízes estão no pecado original? Dêem um espelho a este homem...

«We too often seek advantage over others.»


Como, por exemplo, para evitar uma gravidez indesejada, quando se permite um aborto a pedido...

«The strong too often dominate the weak»


Como no caso do aborto...

«That's when we begin to say, "Maybe we won't agree on abortion, but we can still agree that this is a heart-wrenching decision for any woman to make, with both moral and spiritual dimensions.

So let's work together to reduce the number of women seeking abortions by reducing unintended pregnancies, and making adoption more available, and providing care and support for women who do carry their child to term. Let's honor the conscience of those who disagree with abortion, and draft a sensible conscience clause, and make sure that all of our health care policies are grounded in clear ethics and sound science, as well as respect for the equality of women."»


Todo este lindo sofisma cai por terra, quando se vê que não é possível ter políticas de saúde baseadas em "ética clara" e "sólida ciência" quando se nega o direito à vida a certas categorias de seres humanos. Exigir que se deixe viver um feto ou um embrião humano não é desrespeitar "a igualdade das mulheres", é dizer apenas "não matarás!".

E é curioso que se fale em "sólida ciência" quando é bem sabido que muitos "pró-escolha" dizem que a Ciência não sabe quando começa a vida humana...

E o atrevimento deste próximo trecho?

It is, of course, the Golden Rule - the call to treat one another as we wish to be treated.


E que tal aplicar esta regra ao feto ou ao embrião?
Por acaso, pergunta o senhor Obama a esses seres humanos não nascidos se querem ser mortos?
Por acaso, faz o senhor Obama alguma coisa para garantir que esses seres humanos são tratados como ele mesmo gostaria de ser tratado?

Obama gostaria de ter sido abortado a pedido da sua mãe?
Oh, miséria de incoerência. Que atrevimento, que palavras traiçoeiras. Tenho pena sincera dos católicos que apoiaram este evento e presenciaram esta pouca-vergonha. É só ler as palavras de Obama e ver aonde elas levam... Como é que alguém que defende o direito ao aborto tem a lata de se afirmar como cristão e ainda por cima invocar a "regra de ouro"?

To do what we can to make a difference in the lives of those with whom we share the same brief moment on this Earth.


Para alguns, abortados antes do seu nascimento, os momentos na Terra são realmente breves...

«After all, I stand here today, as President and as an African-American, on the 55th anniversary of the day that the Supreme Court handed down the decision in Brown v. the Board of Education.»


Quando se poderia achar que o atrevimento terminara, eis senão quando o talentoso orador saca da cartola a referência ao caso Brown vs. "Board of Education".

Por fim, esta pérola sofista:

«Remember that each of us, endowed with the dignity possessed by all children of God, has the grace to recognize ourselves in one another; to understand that we all seek the same love of family and the same fulfillment of a life well-lived.»


Os seres humanos não nascidos não têm a "dignidade possuída por todas as crianças de Deus"? Quem defende o direito a abortar consegue realmente "reconhecer-se a si mesmo no outro"?

Este caso "Obama/Notre Dame" marca, certamente, um ponto de viragem.
Abrirá os olhos a alguns católicos que ainda viam Obama com bons olhos, mas sobretudo permite algo de muito grave: muitos e muitos católicos, ao ver condecorada uma pessoa que desrespeita o mais básico dos direitos, o direito à vida, vão ficar confusos.
Vão, em consequência desta condecoração de um político "pró-escolha" pela universidade católica mais importante dos EUA, achar que se pode ser católico e não ligar ao direito à vida dos não nascidos. A vitória cabe, sem grande margem para dúvidas, a Obama, e à claque de políticos "soi disant" católicos, como Joe Biden, Nancy Pelosi, e muitos outros que tal.

E o Pe. Jenkins, tal qual Judas, vendeu Cristo em troca de protagonismo e um ar "moderno" junto da Comunicação Social e dos políticos com poder no momento.

Nossa Senhora nos ajude a todos, sobretudo aos que são destruídos no ventre materno e aos que colaboram com, e autorizam, essas mortes.

Padre Weslin preso em Notre Dame



Preso por se manifestar e por rezar, na passada sexta-feira, no "campus" de Notre Dame. "The land of the free"...
Este é o mesmo padre que já tinha sido preso por rezar à porta de "clínicas" de aborto, ao abrigo da "lei" intitulada "Freedom of Access to Clinic Entrances Act (FACE)". O que sentirá o Pe. Jenkins, reitor de Notre Dame, ao ver estas imagens da prisão do Pe. Weslin e ao reflectir na vergonhosa cerimónia de ontem? Também Jenkins é sacerdote, mas claramente de um calibre diferente...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Arcebispo Raymond Burke

In a culture marked by widespread and grave confusion and error about the most fundamental teachings of the moral law, our Catholic schools and universities must be beacons of truth and right conduct. Clearly, the same is true of our Catholic charitable, missionary and healthcare institutions. There can be no place in them for teaching or activities which offend the moral law. Dialogue and respect for differences are not promoted by the compromise and even violation of the natural moral law. The profound granting of an honorary doctorate at Notre Dame University to our President who is as aggressively advancing an anti-life and anti-family agenda is a source of the gravest scandal. Catholic institutions cannot offer any platform to, let alone honor, those who teach and act publicly against the moral law. In a culture which embraces an agenda of death, Catholics and Catholic institutions are necessarily counter-cultural. If we as individuals or our Catholic institutions are not willing to accept the burdens and the suffering necessarily involved in calling our culture to reform, then we are not worthy of the name Catholic.

Fonte: Archbishop Burke's Keynote Address from Friday's National Catholic Prayer Breakfast

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Porque não deve a Notre Dame condecorar Obama

«The Catholic community and Catholic institutions should not honor those who act in defiance of our fundamental moral principles. They should not be given awards, honors or platforms which would suggest support for their actions.»

Catholics in Political Life, da Conferência Episcopal Norte-Americana (2004).

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Mary Ann Glendon - Uma grande mulher

April 27, 2009
The Rev. John I. Jenkins, C.S.C.
President
University of Notre Dame
Dear Father Jenkins,
When you informed me in December 2008 that I had been selected to receive Notre Dame’s Laetare Medal, I was profoundly moved. I treasure the memory of receiving an honorary degree from Notre Dame in 1996, and I have always felt honored that the commencement speech I gave that year was included in the anthology of Notre Dame’s most memorable commencement speeches. So I immediately began working on an acceptance speech that I hoped would be worthy of the occasion, of the honor of the medal, and of your students and faculty.
Last month, when you called to tell me that the commencement speech was to be given by President Obama, I mentioned to you that I would have to rewrite my speech. Over the ensuing weeks, the task that once seemed so delightful has been complicated by a number of factors.
First, as a longtime consultant to the U.S. Conference of Catholic Bishops, I could not help but be dismayed by the news that Notre Dame also planned to award the president an honorary degree. This, as you must know, was in disregard of the U.S. bishops’ express request of 2004 that Catholic institutions “should not honor those who act in defiance of our fundamental moral principles” and that such persons “should not be given awards, honors or platforms which would suggest support for their actions.” That request, which in no way seeks to control or interfere with an institution’s freedom to invite and engage in serious debate with whomever it wishes, seems to me so reasonable that I am at a loss to understand why a Catholic university should disrespect it.
Then I learned that “talking points” issued by Notre Dame in response to widespread criticism of its decision included two statements implying that my acceptance speech would somehow balance the event:
• “President Obama won’t be doing all the talking. Mary Ann Glendon, the former U.S. ambassador to the Vatican, will be speaking as the recipient of the Laetare Medal.”
• “We think having the president come to Notre Dame, see our graduates, meet our leaders, and hear a talk from Mary Ann Glendon is a good thing for the president and for the causes we care about.”
A commencement, however, is supposed to be a joyous day for the graduates and their families. It is not the right place, nor is a brief acceptance speech the right vehicle, for engagement with the very serious problems raised by Notre Dame’s decision—in disregard of the settled position of the U.S. bishops—to honor a prominent and uncompromising opponent of the Church’s position on issues involving fundamental principles of justice.
Finally, with recent news reports that other Catholic schools are similarly choosing to disregard the bishops’ guidelines, I am concerned that Notre Dame’s example could have an unfortunate ripple effect.
It is with great sadness, therefore, that I have concluded that I cannot accept the Laetare Medal or participate in the May 17 graduation ceremony.
In order to avoid the inevitable speculation about the reasons for my decision, I will release this letter to the press, but I do not plan to make any further comment on the matter at this time.

Yours Very Truly,
Mary Ann Glendon

(Mary Ann Glendon is Learned Hand Professor of Law at Harvard Law School. A member of the editorial and advisory board of First Things , she served as the U.S. Ambassador to the Vatican from 2007 to 2009.)


Retirado do First Things.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Clinton e o aborto - está à vista...

In response to a question from Congressman Christopher Smith (R-NJ) on whether her definition of the phrases “reproductive health,” “reproductive services,” and “reproductive rights” includes abortion, Secretary Clinton stated that, “We [the current US administration] happen to think that family planning is an important part of women’s health and reproductive health includes access to abortion that I believe should be safe, legal and rare.”

(notícia via C-FAM)

Está à vista: para Clinton, o acesso ao aborto cai na categoria de "reproductive services/health" e na de "reproductive rights".

Só não vê quem não quer.