quinta-feira, 25 de março de 2010

Nós somos (outra) Igreja

O impagável movimento "Nós Somos Igreja", em reacção à carta do Papa acerca da questão irlandesa, acaba de publicar um comunicado vampiresco, que se aproveita das vítimas de abusos sexuais dentro da Igreja para promover, mais uma vez, a sua "agenda" anticatólica:

IMWAC Press Release on some aspects of the pastoral letter of Pope Benedict XVI to the Catholic Church in Ireland

Vejamos um excerto:

«The Catholic reform movement considers a review of the Church's sexual teaching essential. This must include the question of mandatory celibacy in the Latin Church, which has already been suggested even by bishops and cardinals. Even if there is no simple causal relationship between mandatory celibacy and sexual violence, the law of mandatory celibacy is a visible expression of the hostility of a male church against sexuality and women. The lack of collegial and democratic structures as a means of making the ecclesial structures accountable to the laity is also a problem that should be taken into account. Only when the structural problems are acknowledged and addressed can the Church become credible and bring about forgiveness and reconciliation.»

Este texto, que vale a pena ler na íntegra para nos darmos conta da profundidade da sua desonestidade, ofende em duas frentes principais:

1) Ofende a razão: quem acredita que é o celibato o culpado pelos casos de abuso sexual? se um celibatário é, por definição, quem se abstém de sexo, como seria o celibato sacerdotal culpado pelos abusos sexuais?

2) Ofende a Igreja: quem acredita que estes tipos são católicos ou que podem falar em nome da Igreja Católica?

Que coisa será o "Catholic reform movement"? Quem são estes tipos? Quem é esta gente? E quem acreditará nestes mentirosos?

A Igreja católica nunca teve tal coisa como "democratic structure", e em documento algum do Vaticano II se fala na criação de tal estrutura. O lema católico é, e sempre foi, "cum Petro et sub Petro", com Pedro e sob Pedro.

Viva o Papa!
Abaixo estes miseráveis auto-proclamados católicos!

PS: As minhas desculpas aos leitores mais sensíveis, e que possam ficar arrepiados com a minha linguagem, aparentemente indicadora de espírito pouco cristão para com este movimento dito "católico".
Se Deus Nosso Senhor nos convida à fraternidade e à paz, também nos deixa este mandamento evangélico (São Mateus 10, 16):

«Envio-vos como ovelhas para o meio dos lobos; sede, pois, prudentes como as serpentes e simples como as pombas.»

Numa altura em que os lobos recebem atenção mediática, e tentam levar-nos à perdição, temos que estar atentos, não nos deixarmos enganar pelos manhosos, e levantar a voz pela verdade.

26 comentários:

Anónimo disse...

Lendo este post resta saber quem são os lobos... para mim ficou claro.

Anónimo disse...

"Viva o Papa!
Abaixo estes miseráveis auto-proclamados católicos!"
Só faltou o "queimem-se na fogueira"

Espantoso...

Anónimo disse...

"Que coisa será o "Catholic reform movement"? Quem são estes tipos? Quem é esta gente? E quem acreditará nestes mentirosos?"

Graças à Deus e à sua Providência, cada vez mais pessoas acreditam que há um caminho diferente, um caminho de quem procura o Bem e não de quem segue cegamente e contra todas as evidências uma Igreja Católica que está doente.
É na reforma do que está mal que se aprende e se constrói algo melhor.

Anónimo disse...

"Numa altura em que os lobos recebem atenção mediática, e tentam levar-nos à perdição, temos que estar atentos, não nos deixarmos enganar pelos manhosos, e levantar a voz pela verdade"

Quem escreveu isto já se deixou levar pela perdição... a mesma que estabeleceu em tempos a "Santa" inquisição. Tenha vergonha e pare de poluir as almas com tamanhas vulgaridades.

Anónimo disse...

http://www.publico.pt/Mundo/papa-acusado-de-ter-mais-informacoes-sobre-padre-pedofilo-alemao_1429536

Anónimo disse...

Para quem quer aprender um pouco mais sobre o Movimento NSI:

http://www.we-are-church.org/pt/

Anónimo disse...

No essencial este post ignora a principal mensagem do Movimento Nós Somos Igreja:

"On sexual abuse, rather than look for external causes, the Church should urgently look at its own structures!"

João Silveira disse...

O movimento NSI é protestante, na sua doutrina e no seu modus operandi.

Ser católico é outra coisa.

Espectadores disse...

Caro Anónimo que comentou dezenas de comentários anónimos:

1) O cristianismo tem a ver com a Verdade; Jesus Cristo veio trazer a luz, e não as trevas; por isso, use o seu nome verdadeiro, se tem coragem de dar a cara pelas coisas que diz

2) A doutrina desse movimento "Nós Somos Igreja" não é católica, nem aqui nem em Marte

3) Nunca o Vaticano II defendeu a abolição do Papa como pastor supremo da Igreja, nem quis instituir um regime "democrático" na Igreja

4) Nunca houve qualquer base doutrinal para as "mudanças" (melhor seria dizer "deformações") que o movimento "Nós Somos Igreja" pretende introduzir

5) O movimento "Nós Somos Igreja" é constituído por pseudo-católicos; não está ligado a nenhuma paróquia, não tem por detrás nenhum sacerdote digno desse nome, não tem a aprovação de nenhum Bispo, funciona à revelia da estrutura da Igreja, enfim, é um movimento pária

Por favor, não venha inundar este espaço com mentiras.
Se quer contestar o que eu escrevi, é livre para fazer mais alguns comentários, de preferência identificados, a demonstrar de que forma é que o movimento "Nós Somos Igreja" é católico. Boa sorte...

Cumprimentos,

Bernardo Motta

PS: Vocês enganaram muitos católicos durante os anos noventa. Os tempos mudaram. As pessoas não são parvas. Sejam honestos e dêem a cara. Digam ao que vêm: destruir a Igreja de Jesus Cristo. Canalhada...

Espectadores disse...

E mais...

«Graças à Deus e à sua Providência, cada vez mais pessoas acreditam que há um caminho diferente»

Outra mentira: mostre alguns números da evolução dos membros do NSI. Quantos são em Portugal e no Mundo? Têm crescido? A que ritmo?

Felizmente o NSI está moribundo, aliás como tudo o que provém da mentira.

Se não estivesse moribundo, se não estivesse enfraquecido pelo COMPLETO desinteresse dos católicos pelas vossas promessas enganadoras, que outra razão teria para se aproveitar das vítimas destes casos de abuso sexual, abusando-as uma segunda vez, para montarem os seus vis ataques ao Santo Padre?

Miseráveis...

«um caminho de quem procura o Bem e não de quem segue cegamente e contra todas as evidências uma Igreja Católica que está doente.»

Doentes estão vocês, filhos da mentira. Em tempos, quando eu era novo, acreditei em vocês. Durante uns meses, fui nas vossas mentiras, aceitei os vossos ideais. É vergonhosa a forma como vocês procuram enganar os católicos, falando mentiras acerca do Vaticano II, inventando coisas que NUNCA estiveram na agenda dos trabalhos do Vaticano II, só para enganarem mais gente.

Ora as pessoas não são parvas: mais cedo ou mais tarde, as pessoas dão-se conta de que o NSI cheira mal.

Passe bem...

Anónimo disse...

Grande católico a chamar canalha, mentiroso e miserável a quem não concorda com as aleivosias doentias que diz que estão no antítese dessa procura do Bem de que ignobilmente fala. Isso é de uma incoerência atroz. As palavras e os factos falam por si. Baboseiras que não merecem comentário e desprovidas de qualquer sentido. A Internet não serve para se dar a cara, isso é uma parvoíce tecnológica quanto mais não seja. A cara dá-se frente a frente. A "beleza" da Internet é o anonimato. Não gosta não polua o meio. Esse ódio todo de católico tem zero.

Passe bem também

Espectadores disse...

Caro Anónimo,

«Grande católico a chamar canalha, mentiroso e miserável a quem não concorda com as aleivosias doentias que diz que estão no antítese dessa procura do Bem de que ignobilmente fala.»

Ouça: você não faz qualquer sentido. Eu nunca disse que era um bom católico, ou de grande valor moral. Sou o pior dos católicos. No entanto, não estou a falar de prática moral (algo em que não sou exemplo) mas sim de pura doutrina.

E é por demais evidente que o movimento NSI não promove doutrina católica.

Como é evidente, o seu comentário não desmente o que eu escrevi. Limita-se a um ataque à minha pessoa.

Ora ataques anónimos são comuns na Internet, mas não se tornam bonitos por serem anónimos.

«Baboseiras que não merecem comentário e desprovidas de qualquer sentido.»

Ora aqui está: nem uma refutação ao que escrevi, nem um só argumento que prove que o NSI é católico.

As minhas acusações ficaram todas sem resposta. É normal: é que perante factos não há resposta possível.

«A Internet não serve para se dar a cara, isso é uma parvoíce tecnológica quanto mais não seja.»

Seja corajoso: diga quem é. Eu trabalho no Saldanha, e posso encontrar-me consigo cara a cara quando quiser.

«A cara dá-se frente a frente.»

Vamos nisso! Encontramo-nos, e eu explico-lhe cara a cara porque razão o NSI não é católico, e você contraria-me com factos.

«A "beleza" da Internet é o anonimato.»

Não é nada bonito fazer ataques pessoais sob a capa do anonimato.

«Não gosta não polua o meio. Esse ódio todo de católico tem zero.»

Não entendo a sua posição: nem dá o seu nome por aquilo em que acredita, nem sequer argumenta em defesa da sua posição.

Desde que cá apareceu (se é que se trata da mesma pessoa: temos sempre que adivinhar, não é?) ainda não fez nada que fosse insultar sob a capa do anonimato.

Quem não deve não teme.

Cumprimentos

Anónimo disse...

O único insultuoso foi o autor do Blog e do post em questão. Sinceramente não merece o repto... resta orar para que um dia abra essa cabeça fechada.

Espectadores disse...

Ouça...

Está a esgotar a minha paciência...

«O único insultuoso foi o autor do Blog e do post em questão. Sinceramente não merece o repto... resta orar para que um dia abra essa cabeça fechada.»

Só haverá insulto em chamar alguém de mentiroso se essa pessoa não for mentirosa. Ora o artigo do site "We are Church" (só o nome do movimento já é uma mentira) no qual me baseei está repleto de falsidades.

Entenda de uma vez por todas que, sendo convidado neste blogue, só tem duas vias:

a) argumentar

b) ir à sua vida

Ou alguém o obriga a vir aqui?
Entenda que este blogue tem poucos visitantes, mas bons. E que o leitor típico deste blogue gosta de argumentos. Ora você, sob a capa do anonimato, não usou qualquer tipo de argumento. Eu tentei responder-lhe usando argumentos mais fui bombardeado com insultos.

É um bocado de mais pedir-me que eu assista impávido enquanto você, numa atitude mal criada, vem aqui ao meu espaço cuspir-me na cara.

Não acha?

Gostava que eu entrasse na sua casa para o insultar, ainda por cima sem razão?

Já não estamos a discutir doutrina. Estamos a discutir boas maneiras.

Eu mantenho o que escrevi, pois é mentiroso todo aquele que falta à verdade.

Dou apenas um exemplo: eis como o NSI se define:

«The International Movement We Are Church, founded in Rome in 1996, is represented in more than twenty countries on all continents and is networking world-wide with similar-minded reform groups. We Are Church is an international movement within the Roman-Catholic Church and aims at renewal on the basis of the Second Vatican Council (1962-1965). We Are Church was started in Austria in 1995 with a church referendum. »

Ora cá está a típica menção ao Vaticano II.

Um pomposíssimo comentário de imprensa, por ocasião dos 40 anos da Humanae Vitae, tinha o seguinte para dizer acerca do Santo Padre Paulo VI:

« Foi o papa Paulo VI que
não agiu segundo as conclusões desta esmagadora maioria, proclamando antes a opinião da
minoria como doutrina oficial da Igreja.»

Ora quem escreveu este parágrafo, ou está louco ou é mentiroso. Pois é perfeitamente clara a mensagem da Constituição Dogmática Lumen Gentium, um dos documentos centrais do Vaticano II:

«Este sagrado Concílio propõe de novo, para ser firmemente acreditada por todos os fiéis, esta doutrina sobre a instituição perpétua, alcance e natureza do sagrado primado do Pontífice romano e do seu magistério infalível, e, prosseguindo a matéria começada, pretende declarar e manifestar a todos a doutrina sobre os Bispos, sucessores dos Apóstolos, que, com o sucessor de Pedro, vigário de Cristo (38) e cabeça visível de toda a Igreja, governam a casa de Deus vivo.»

Por isso, não façam os católicos de parvos. O movimento NSI é um movimento dissidente, de pessoas que se dizem católicas mas que já não reconhecem o Papa como Papa.

Eu já nem falo da completa dissidência em matérias doutrinais e morais centrais (infalibilidade, moral sexual, ordenação exclusivamente masculina, etc.). Falo no mais básico: qualquer católico é papista, e o movimento NSI não é papista. De forma arrogante e atrevida, este movimento subversivo deixou de reconhecer no Papa o sucessor de São Pedro.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Lá apareceu a palavra maldita... "dissidentes". Você é católico ou Maoista? ainda não percebi. Quanto à única coisa que interessa esclarecer e para que não fique uma aberração sem ser desmentida, é uma falácia dizer que o NSI é contra o Papa, é como dizer que o PSD é contra Portugal ou o Sporting é contra o Campeonato nacional, ou os pais são contra as crianças (ao ter um filho mal comportado e difícil) é em si mesmo algo desprovido de lógica. De qualquer forma eu só sou juiz em causa própria não em causa alheia, não falo em nome do NSI e sim pessoal. Ficava-lhe bem fazer o mesmo.

Cumprimentos

Espectadores disse...

Caro Anónimo,

(suponho que ainda seja a mesma pessoa)

«Lá apareceu a palavra maldita... "dissidentes". Você é católico ou Maoista? ainda não percebi.»

É simples: a mensagem do NSI é uma mensagem de dissidência: esse movimento não concorda com a moral sexual de sempre, não concorda com o sacerdócio masculino, não concorda com o primado do Papa e com a sua infalibilidade em matéria de doutrina e de moral, transformações bizarras na Igreja que a tornariam noutra coisa. O que eu não entendo é porque é que essa gente não faz uma Igreja à medida dos seus gostinhos e não deixa os católicos em paz.

Falou nos maoístas... Imagine um maoísta "soi disant" que advogasse o mercado livre. Faria sentido?

«é uma falácia dizer que o NSI é contra o Papa»

Eu não disse que o NSI era contra o Papa. Isso tornaria o NSI muito mais óbvio como movimento anticatólico. Eu disse que o NSI, à revelia do que se decidiu no Vaticano II, questionava o primado do Papa e a sua infalibilidade em matéria de doutrina e de moral. Qualquer católico coerente, à luz da "Lumen Gentium" (passo o pleonasmo), sabe que a Humanae Vitae contém ensinamento moral infalível.

O texto do NSI que eu citei há pouco é um texto que, claramente, discorda dessa infalibilidade, pois rejeita a verdade moral contida na Humanae Vitae.

Já é trágico um tipo dizer-se católico e não ser papista, mas é estupidamente trágico quando alguém tenta contestar a Humanae Vitae, que foi completamente comprovada após 40 anos de sexualidade libertária e anárquica.

«Ficava-lhe bem fazer o mesmo»

Ouça: eu não invento nada nem digo nada saído da minha pouca inteligência. As minhas fontes, em matéria de moral e de doutrina, são a Santa Igreja, os Santos Padres, os Bispos unidos ao Santo Padre, e o Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O resto é paisagem.
E, com algum treino, torna-se fácil topar os vigaristas à distância, aqueles falsos profetas que prometem "renovações" que mais são prostituições da sã doutrina.

Cumprimentos

Espectadores disse...

Não sei se ficou claro, mas posso ser ainda mais claro...

Para qualquer católico coerente, a sua fonte de doutrina e de moral está onde sempre esteve: no Magistério da Santa Igreja.

Porque raio haveria um católico, repito, porque raio haveria um católico de retirar a sua confiança pessoal no Magistério e mudá-la para um estranho movimento "Nós Somos Igreja", que está desligado de qualquer paróquia ou sacerdote que se preze, e que não tem a aprovação de nenhum Bispo ou autoridade eclesiástica?

Dê-me uma só razão para um católico deixar de confiar no Papa para passar a confiar num "NSI"?

É pura tontice... O NSI só engana os pobres desgraçados cuja fraca formação doutrinal não lhes permite uma defesa sólida.

Foi o meu caso, quando eu era mais novo e fui nas cantigas do NSI...

João Silveira disse...

Isto resume bem o que é o NSI: http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1531222&seccao=Europa

Anónimo disse...

Partilho aqui esta deliciosa ironia.

http://blasfemias.net/2010/03/30/sondagem-8/

maria disse...

Bernardo,

"Ofende a razão: quem acredita que é o celibato o culpado pelos casos de abuso sexual? se um celibatário é, por definição, quem se abstém de sexo, como seria o celibato sacerdotal culpado pelos abusos sexuais?"

Esta ingénua explanação atinge mortalmente a inteligência de qualquer um.

Acalme-se. Eu não faço parte daqueles que querem misturar na discussão; abusos sexuais por parte de alguns elementos do clero católico mais a cobardia de se ter igorado e camuflado o problema e a revisão disciplinar do celibato. São coisas diferentes.

Agora, ingenuamente, achar que o celibato pode evitar que estes males aconteçam. Tenha paciência. O Bernardo é óptimo a especular. Enfrentar a realidade é que é uma carga de trabalhos para si.

Cuide-se. E não tenha tanto medo.

maria disse...

ainda fica mais um aviso caridoso:

assuma-se!

Sérgio Dias Branco disse...

"Viva o Papa!" Pim.

Chama-se a isto Papalismo. Não conte comigo...

O Papa tem um papel a desempenhar, de união da comunidade crente - é o símbolo de Pedro. Uns desempenharam-no melhor do que outros. Nada o distingue de nós como homem, imperfeito, humano. Não se esqueça. Jesus não escolheu o mais corajoso apóstolo ou o mais iluminado. Escolheu Pedro, um fraco, um covarde.

Seguiria cegamente os Papas que tiveram amantes, mandaram matar, incitaram à violência para a conversão (uma declaração moral!), aceitaram a escravatura (outra!)? Tenha paciência.

Abraço,
Sérgio

Espectadores disse...

Jairo,

«Partilho aqui esta deliciosa ironia.

http://blasfemias.net/2010/03/30/sondagem-8/»

É realmente delicioso!
Esta malta não está, obviamente, interessada no melhoramento moral dos católicos e da Igreja Católica.

Esta malta manhosa quer é acabar com a Igreja.

Obviamente, isso não se faz destruindo a Igreja à força ou à bruta. A melhor forma de a destruir passa por a desnaturar. Ora os pontos sugeridos por essa votação têm muita piada, pois todos eles desnaturam completamente a Igreja Católica.

Um abraço!

Espectadores disse...

João,

«Isto resume bem o que é o NSI: http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1531222&seccao=Europa»

Realmente!
Para nos darmos conta da insídia o Nós Somos Igreja, nada como vermos as suas amizades, e os seus convidados.

Jesus Cristo era "gay", hã?!
O argumento era este: se Cristo queria ter uma experiência humana o mais difícil possível, nada como vir ao mundo como "gay". Ah, teólogos espectáculo, estes, hã?

Espectáculo de catolicismo, o desta malta...

Abraço

Espectadores disse...

MC,

«Esta ingénua explanação atinge mortalmente a inteligência de qualquer um.»

Como, amiga?
Vou voltar a escrever, pois se calhar, não fui claro: um sacerdote que mantém o celibato sacerdotal nunca molesta sexualmente ninguém, nem crianças, nem adultos, nem adolescentes, pela lógica forçosa de que o celibato implica a abstenção da actividade sexual.

Trocado por miúdos:

1) Celibatário é aquele que não tem actividade sexual

2) O abuso sexual consiste em actividade sexual

3) Logo, o celibatário está impossibilitado de praticar abusos sexuais

Aguardo a sua correcção a este raciocínio...

«Acalme-se. Eu não faço parte daqueles que querem misturar na discussão; abusos sexuais por parte de alguns elementos do clero católico mais a cobardia de se ter igorado e camuflado o problema e a revisão disciplinar do celibato. São coisas diferentes.»

Fico satisfeito em constatar que as separa.

«Agora, ingenuamente, achar que o celibato pode evitar que estes males aconteçam. Tenha paciência.»

Eu escrevi isso?
Eu disse que um celibatário não abusa sexualmente de ninguém. Obviamente, um potencial abusador nem sequer deveria entrar num seminário. Obviamente, não se bloqueia um potencial abusador dizendo para ele tentar ser celibatário... Um potencial abusador simplesmente não pode ser padre. Como não pode ser pediatra. Como não pode ser professor de menores.

«O Bernardo é óptimo a especular. Enfrentar a realidade é que é uma carga de trabalhos para si.»

Ora cá vem outro ataquezinho pessoal... Fica bem na quaresma!

«Cuide-se. E não tenha tanto medo.»

Medo de quê?

«ainda fica mais um aviso caridoso:
assuma-se!»

Hã??

Espectadores disse...

Sérgio,

Diga-me uma coisa, e seja sincero: distorce as minhas palavra voluntária ou involuntariamente?

«O Papa tem um papel a desempenhar, de união da comunidade crente - é o símbolo de Pedro. Uns desempenharam-no melhor do que outros. Nada o distingue de nós como homem, imperfeito, humano. Não se esqueça. Jesus não escolheu o mais corajoso apóstolo ou o mais iluminado. Escolheu Pedro, um fraco, um covarde.»

Sei que já escrevi isto centenas de vezes, e meia centena foi em respostas a comentários seus.

Mas cá vai de novo: o Papa é um homem, teoricamente imperfeito como qualquer outro. No entanto, por acção do Espírito Santo, ocupa um cargo dotado de infalibilidade no ensino magisterial de doutrina e de moral.

Isto é doutrina de sempre, e como sabe, o Vaticano II reafirmou-a inequivocamente (Lumen Gentium).

Quando escrevo "Viva o Papa!", estou a fazer um louvor ao cargo, acima de tudo, cargo esse de instituição divina, criado por Jesus Cristo.

Por dedução, estou também a louvar todos os nossos Santos Pontífices, desde Pedro até Bento XVI.

Agora note: quando louvo um Santo Pontífice, não digo que o homem em si seja sempre um santo (alguns foram santos, mas muitos não o foram: nestas alturas, recorda-se sempre Alexandre VI, o oposto de um santo, quanto mais não seja para servir de excepção à regra).


«Seguiria cegamente os Papas que tiveram amantes, mandaram matar, incitaram à violência para a conversão (uma declaração moral!), aceitaram a escravatura (outra!)? Tenha paciência.»

Evidentemente, aqui já entramos na chicana.
O Sérgio sabe bem que eu não quero seguir "cegamente" a imoralidade de certos (poucos) Papas, mas sim seguir o seu Magistério.

Sim, quando escrevo "Viva o Papa!" também louvo Alexandre VI, que apesar da sua vida imoral, transmitiu a doutrina católica às gerações vindouras, passando o testemunho de Pedro adiante, sem o deturpar com heresias.

Foi um pecador, e muito pecador, mas foi Papa e não traiu a sua obrigação primordial de ensinar e transmitir doutrina verdadeira.

Ora se eu posso, em bom rigor, dizer isto de Alexandre VI, o Papa Bórgia, quanto mais posso dizer de Bento XVI ou de todos os pontífices do século XX, uma das melhores "colheitas" pontifícias de sempre?

Um abraço,

Bernardo

PS: Sabemos bem que a infalibilidade pontifícia, aplicando-se apenas ao ensino de doutrina e de moral, não seria beliscada, MESMO que Bento XVI tivesse abusado de crianças. Evidentemente, ele não abusou de crianças, assim como não encobriu abusos. Antes pelo contrário, é dele a mão reformadora que tem vindo a alterar o "statu quo" desta mancha que é o abuso de menores por parte do clero. É por isso que escrevo, de novo, como católico fiel, "Viva o Papa!"

Se, como católico, lhe aflige dizer "Viva o Papa!", não sei mais o que lhe dizer...