No meio das tormentas que nos afligem nestes tempos conturbados, nunca é demais lembrar e relembrar René Guénon (1886-1951) e a sua obra monumental.
É bastante elucidativo o silêncio a que as "elites" pensantes modernas votaram René Guénon.
Ele é tão pouco lido e comentado, que os detractores nem se dão ao trabalho de investir contra a sua obra. O esforço exigido para refutar a obra de Guénon é esmagador face ao escassíssimo público que a conhece.
Contudo, nada como a obra de Guénon para servir de panaceia à falência intelectual moderna.
Ultimamente, tenho recebido fortes críticas provenientes de alguns ateístas portugueses.
De facto, é preciso muita determinação (e atrevimento!) para, conhecendo bem a realidade tradicionalista, navegar contra ela e combatê-la. Com isto quero dizer que as posturas anti-tradicionais conscientes são um fenómeno raro.
Por isso, não censuro e não condeno as opiniões dos ateístas que me contactaram recentemente.
Acredito que na maior parte dos casos, trata-se de pura e simples ignorância relativamente a questões tradicionais. E contra mim falo, porque apenas travei conhecimento com estas questões há poucos anos.
Assim, considero as suas posturas como "anti-tradicionalismo inconsciente".
E queria convidá-los, e a todos os leitores, a conhecer alguns artigos de René Guénon, que se encontram traduzidos no site Symbolos.
Ao longo dos próximos dias, irei focar alguns destes artigos.
Para já, sugeria este "Observaciones Acerca de la Notacion Matemática", que provém da segunda parte do capítulo II da resenha póstuma "Mélanges", Ed. Gallimard, 1976.
Este artigo demonstra bem como até na Matemática, último bastião do rigor, se perderam e deturparam muitos e importantes conceitos fundamentais.
Bernardo
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