Andava à procura de um site, há muito tempo, que explicasse mais alguma coisa sobre a questão dos detalhes da Última Ceia.
Encontrei um site interessante:
http://www.lamelagrana.net/%C2%A5_letture/letture05/A001/A00011.html
Neste site italiano, encontramos a explicação para a tal "mão cortada", que toda a gente agora diz que é de ninguém, e que supostamente "flutua no ar". O site italiano mostra claramente que existe um estudo preliminar de Leonardo, onde se vê bastante bem que a mão não é flutuante, e que pertence ao apóstolo S. Pedro.
A questão da faca é uma falsa questão:
a) ela tem dono (S. Pedro): o sketch de Leonardo prova-o;
b) ela tem uma razão de ser simples: S. Pedro estava a comer, e a faca dá jeito para comer;
c) ela tem uma razão mais complexa: a faca nas mãos de S. Pedro é uma prefiguração da espada que S. Pedro vai usar para cortar a orelha ao servo do Sumo Sacerdote, nos jardins de Getsemani, aquando da prisão de Jesus.
Q. E. D.
(será que é desta??)
P.S. (este PS é post scriptum, e não prioratus sionis!): Para os mais teimosos, dêem uma leitura rápida ao texto do arquitecto italiano Diego Cuoghi, disponível neste site:
http://www.renneslechateau.it/index.php?id=2&url=studi_cuoghi.php
"Mas, no íntimo do vosso coração, confessai Cristo como Senhor, sempre dispostos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la peça" - Primeira Carta de São Pedro, cap. 3, vs. 15.
sábado, 20 de novembro de 2004
quinta-feira, 18 de novembro de 2004
Andam a gozar connosco...
(publicado em simultâneo no Afixe)
Pois andam... E nós nem damos por isso.
Há dias, todos nos revoltámos por duas notícias que vieram a lume em vários órgãos de comunicação social, a saber:
1. O desacordo da Santa Sé pela recepção, no Santuário de Fátima, de representantes de outras religiões, de entre os quais o próprio Dalai Lama; as "fontes seguras" dos órgãos informativos garantiriam que o Vaticano estaria a tentar controlar o Santuário, e que desejaria ver remodeladas algumas figuras de proa da Direcção do mesmo;
2. A proibição da execução de concertos, e de música não liturgica, em Igrejas e outros edifícios religiosos.
Estas duas notícias tinham funções claras:
A) Provocar a revolta de todos os sectores da sociedade, dos crentes aos não crentes
B) Espalhar a ideia de que uma tendência conservadora dentro do Vaticano estaria a assumir contornos de fanatismo e de exagero autoritário
As funções foram alcançadas. Eu próprio acreditei nas notícias. Só que sucede que eram ambas falsas. É verdade.
Não vou, para já, divagar à procura de explicações para o surgimento simultâneo de uma mesma notícia falsa em vários órgãos informativos. De teorias da conspiração já andamos todos fartos. Isto é apenas uma chamada de atenção. Eu caí na esparrela. Não me enganam tão facilmente da próxima vez...
Aqui ficam algumas pistas:
Esclarecimento do Santuário de Fátima
D. José Policarpo desmente desentendimentos entre o Vaticano e a Conferência Episcopal por causa do Santuário de Fátima
Bispo de Leiria-Fátima quer acabar com mal-entendidos
Vaticano aprova iniciativas inter-religiosas em Fátima
Termino com um excerto das palavras lúcidas e sérias do Cardeal Patriarca, relativa à falsa questão da proibição dos concertos nas Igrejas:
O Cardeal considerou ainda descabida a informação vinda a público de que a CEP iria proibir os concertos nas Igrejas
“Não há nenhum novo regulamento em vista, essa é mais uma ‘falsa questão’ inventada não sei por quem”, atirou.
Para D. José Policarpo, “a linha que temos seguido é correcta, baseada nas normas feitas pela própria Santa Sé, e que procura conciliar desejos legítimos: o da Igreja de salvaguardar o carácter sagrado dos templos, não deixando deslizar a opinião pública para uma consideração apenas cultural do seu sentido e da sua utilização; mas também reconhecer o valor espiritual e pastoral da expressão artística, também ela linguagem do sagrado; o respeito pela comunidade que celebra a fé naquele templo”.
Pois andam... E nós nem damos por isso.
Há dias, todos nos revoltámos por duas notícias que vieram a lume em vários órgãos de comunicação social, a saber:
1. O desacordo da Santa Sé pela recepção, no Santuário de Fátima, de representantes de outras religiões, de entre os quais o próprio Dalai Lama; as "fontes seguras" dos órgãos informativos garantiriam que o Vaticano estaria a tentar controlar o Santuário, e que desejaria ver remodeladas algumas figuras de proa da Direcção do mesmo;
2. A proibição da execução de concertos, e de música não liturgica, em Igrejas e outros edifícios religiosos.
Estas duas notícias tinham funções claras:
A) Provocar a revolta de todos os sectores da sociedade, dos crentes aos não crentes
B) Espalhar a ideia de que uma tendência conservadora dentro do Vaticano estaria a assumir contornos de fanatismo e de exagero autoritário
As funções foram alcançadas. Eu próprio acreditei nas notícias. Só que sucede que eram ambas falsas. É verdade.
Não vou, para já, divagar à procura de explicações para o surgimento simultâneo de uma mesma notícia falsa em vários órgãos informativos. De teorias da conspiração já andamos todos fartos. Isto é apenas uma chamada de atenção. Eu caí na esparrela. Não me enganam tão facilmente da próxima vez...
Aqui ficam algumas pistas:
Esclarecimento do Santuário de Fátima
D. José Policarpo desmente desentendimentos entre o Vaticano e a Conferência Episcopal por causa do Santuário de Fátima
Bispo de Leiria-Fátima quer acabar com mal-entendidos
Vaticano aprova iniciativas inter-religiosas em Fátima
Termino com um excerto das palavras lúcidas e sérias do Cardeal Patriarca, relativa à falsa questão da proibição dos concertos nas Igrejas:
O Cardeal considerou ainda descabida a informação vinda a público de que a CEP iria proibir os concertos nas Igrejas
“Não há nenhum novo regulamento em vista, essa é mais uma ‘falsa questão’ inventada não sei por quem”, atirou.
Para D. José Policarpo, “a linha que temos seguido é correcta, baseada nas normas feitas pela própria Santa Sé, e que procura conciliar desejos legítimos: o da Igreja de salvaguardar o carácter sagrado dos templos, não deixando deslizar a opinião pública para uma consideração apenas cultural do seu sentido e da sua utilização; mas também reconhecer o valor espiritual e pastoral da expressão artística, também ela linguagem do sagrado; o respeito pela comunidade que celebra a fé naquele templo”.
quinta-feira, 4 de novembro de 2004
Voluntários para África e Timor
Do site do Fórum Desenvolvimento e Cooperação:
Os Leigos para o Desenvolvimento vão dar início a mais um ano de formação de voluntários que desejem partir em Missão para S. Tomé e Príncipe, Moçambique, Angola e Timor-Leste.
Os interessados poderão obter mais informações nas sessões de apresentação que vão ter lugar nos seguintes dias e locais:
3 de Novembro, Porto, CREU-IL (R. Oliveira Monteiro, 562)
4 de Novembro, Braga, CAB (Praça da Faculdade, 16)
11 de Novembro, Lisboa, CUPAV (Estrada da Torre, 26, Lumiar, junto ao Colégio S. João de Brito)
Todos aqueles que não poderem estar presentes nas referidas sessões mas desejem conhecer o projecto dos Leigos para o Desenvolvimento podem fazê-lo através dos seguintes contactos telefónicos: 217574278, 217574357.
Por favor, passem a palavra e ajudem a divulgar!
Bernardo
Os Leigos para o Desenvolvimento vão dar início a mais um ano de formação de voluntários que desejem partir em Missão para S. Tomé e Príncipe, Moçambique, Angola e Timor-Leste.
Os interessados poderão obter mais informações nas sessões de apresentação que vão ter lugar nos seguintes dias e locais:
3 de Novembro, Porto, CREU-IL (R. Oliveira Monteiro, 562)
4 de Novembro, Braga, CAB (Praça da Faculdade, 16)
11 de Novembro, Lisboa, CUPAV (Estrada da Torre, 26, Lumiar, junto ao Colégio S. João de Brito)
Todos aqueles que não poderem estar presentes nas referidas sessões mas desejem conhecer o projecto dos Leigos para o Desenvolvimento podem fazê-lo através dos seguintes contactos telefónicos: 217574278, 217574357.
Por favor, passem a palavra e ajudem a divulgar!
Bernardo
terça-feira, 2 de novembro de 2004
Homenagem a Agustín Barrios
(publicado, como vem sendo hábito, em simultâneo no Afixe)
Interrompo a euforia pré-resultados eleitorais nos EUA para um interlúdio musical. Cá fica uma homenagem ao meu compositor preferido na música instrumental para guitarra solo.
De seu verdadeiro nome Agustín Pio Barrios, este genial compositor e guitarrista paraguaio foi conhecido pelo nome de Agustín Barrios Mangoré. Este apelido, de inspiração índia, estava intimamente ligado à profundidade do sentir indígena na pessoa de Barrios. Um verdadeiro furacão musical, Barrios é, na minha opinião, o mais perfeito compositor do infelizmente pouco conhecido repertório de guitarra clássica, e é ainda hoje um ícone na cultura musical sul-americana.
Eis uma curta biografia:
Guitarrista y compositor paraguayo. Recibió su primera educación musical en un colegio jesuita donde se utilizaba la guitarra para el estudio de la armonía. Este influenza religiosa se siente en algunas de sus obras(la Catedral, Una Limosna por el Amor de Dios). En 1898, a la edad de 13 años, el guitarista Gustavo Sosa (un alumno de Juan Alais) inicia al pequeño Agustin en los métodos de Sor y Aguado, en las piezas de Tárrega, Vinas, Arcas y Pargá.
Además de la música, recibe formación en historia, matemáticas y literatura en el Colegio Nacional de Asunción. Agustin habla español y guarani, lee y comprende el francés, el inglés y el alemán, se interesa por la filosofía, la poesía y la teología.
Musicalmente Agustin Barrios es un gran improvisador, hay testimonios que nos hablan de que improvisaba de manera espontánea en concierto. Compuso alrededor de 300 piezas, aunque desgraciadamente una parte de ellas se ha perdido. Barrios dio conciertos desde 1906 hasta su muerte. Muchas de sus obras sacan sus ritmos y sus colores en el rico folklore SudAméricano que Barrios conoce muy bien.
Desde 1919 Barrios trata de enriquesar su languaje musical estudio obras de compositires classicos y transcribe para la guitarra obras de Bach, Beethoven, Chopin, y Schumann. Este descubrimiento del répertorio europeo influenza fuertamente sus compositiones como : Romanza en Imitació al Violoncello, Estudio de Concierto, Mazurka Apasionata et Allegro Sinfónico.
En los años 1934-1936 vino a Europa, tocando en Bélgica, Alemania, España e Inglaterra. Barrios fue el primer guitarrista que grabó discos comerciales de 78 revoluciones. Muchas de sus obras sobrevivieron gracias al disco. Barrios murió muy pobre el 7 de agosto de 1944 en El Salvador.
Podemos datar algunas sus obras como: Un Sueño en la Floresta (1918), Romanza en imitación al violoncello (1919), Mazurca Apassionata (1919), La Catedral (1921), Preludio en Sol (1921), Valses Op. 8 (1923), Danza Paraguaya (1924), Choro de Saudade (1929), Julia Florida (1938), Una Limosna por el Amor de Dios (1944). Para ese ultima pieza que utilisa un do agudo sobre la primera cuerda, Barrios a añadido à sus guitarras un vigésimo traste. , de http://www.delcamp.net/auteurs/es/5_moderne/barrios_es.html.
Richard Stover, um importante estudioso da vida e obra de Barrios, recolheu este texto do guitarrista (tradução do espanhol feita por Stover), que ilustra bem a profunda espiritualidade e originalidade deste grande homem, que durante a maioria da sua vida artística subiu aos palcos vestido de índio, e gostava de ser chamado Nitsuga Mangoré (Nitsuga é a inversão de Agustín):
«Tupa, the supreme spirit and protector of my people,
Found me one day in the middle of a greening forest,
Enraptured in the contemplation of Nature,
And he told me: "Take this mysterious box and reveal its secrets."
And enclosing within it all the songs of the birds of the jungle
And the mournful signs of the plants,
He abandoned it in my hands.
I took it and obeying Tupa's command I held it close to my heart.
Embracing it I passed many moons on the edge of a spring fountain
And one night, Yacy (the moon, our mother),
Reflected in the crystal liquid,
Feeling the sadness of my Indian soul,
Gave me six silver moonbeams
With which to discover its secrets.
And the miracle took Place:
From the bottom of the mysterious box,
There come forth a marvelous symphony
Of all the virgin voices of America.»
Para quem ainda não conhece Barrios, só há uma coisa a fazer: correr à loja de CDs mais próxima e comprar, na secção de guitarra clássica, todas as gravações de obras de Barrios que lá encontrar. Vale a pena!
Bernardo
Interrompo a euforia pré-resultados eleitorais nos EUA para um interlúdio musical. Cá fica uma homenagem ao meu compositor preferido na música instrumental para guitarra solo.
De seu verdadeiro nome Agustín Pio Barrios, este genial compositor e guitarrista paraguaio foi conhecido pelo nome de Agustín Barrios Mangoré. Este apelido, de inspiração índia, estava intimamente ligado à profundidade do sentir indígena na pessoa de Barrios. Um verdadeiro furacão musical, Barrios é, na minha opinião, o mais perfeito compositor do infelizmente pouco conhecido repertório de guitarra clássica, e é ainda hoje um ícone na cultura musical sul-americana.
Eis uma curta biografia:
Guitarrista y compositor paraguayo. Recibió su primera educación musical en un colegio jesuita donde se utilizaba la guitarra para el estudio de la armonía. Este influenza religiosa se siente en algunas de sus obras(la Catedral, Una Limosna por el Amor de Dios). En 1898, a la edad de 13 años, el guitarista Gustavo Sosa (un alumno de Juan Alais) inicia al pequeño Agustin en los métodos de Sor y Aguado, en las piezas de Tárrega, Vinas, Arcas y Pargá.
Además de la música, recibe formación en historia, matemáticas y literatura en el Colegio Nacional de Asunción. Agustin habla español y guarani, lee y comprende el francés, el inglés y el alemán, se interesa por la filosofía, la poesía y la teología.
Musicalmente Agustin Barrios es un gran improvisador, hay testimonios que nos hablan de que improvisaba de manera espontánea en concierto. Compuso alrededor de 300 piezas, aunque desgraciadamente una parte de ellas se ha perdido. Barrios dio conciertos desde 1906 hasta su muerte. Muchas de sus obras sacan sus ritmos y sus colores en el rico folklore SudAméricano que Barrios conoce muy bien.
Desde 1919 Barrios trata de enriquesar su languaje musical estudio obras de compositires classicos y transcribe para la guitarra obras de Bach, Beethoven, Chopin, y Schumann. Este descubrimiento del répertorio europeo influenza fuertamente sus compositiones como : Romanza en Imitació al Violoncello, Estudio de Concierto, Mazurka Apasionata et Allegro Sinfónico.
En los años 1934-1936 vino a Europa, tocando en Bélgica, Alemania, España e Inglaterra. Barrios fue el primer guitarrista que grabó discos comerciales de 78 revoluciones. Muchas de sus obras sobrevivieron gracias al disco. Barrios murió muy pobre el 7 de agosto de 1944 en El Salvador.
Podemos datar algunas sus obras como: Un Sueño en la Floresta (1918), Romanza en imitación al violoncello (1919), Mazurca Apassionata (1919), La Catedral (1921), Preludio en Sol (1921), Valses Op. 8 (1923), Danza Paraguaya (1924), Choro de Saudade (1929), Julia Florida (1938), Una Limosna por el Amor de Dios (1944). Para ese ultima pieza que utilisa un do agudo sobre la primera cuerda, Barrios a añadido à sus guitarras un vigésimo traste. , de http://www.delcamp.net/auteurs/es/5_moderne/barrios_es.html.
Richard Stover, um importante estudioso da vida e obra de Barrios, recolheu este texto do guitarrista (tradução do espanhol feita por Stover), que ilustra bem a profunda espiritualidade e originalidade deste grande homem, que durante a maioria da sua vida artística subiu aos palcos vestido de índio, e gostava de ser chamado Nitsuga Mangoré (Nitsuga é a inversão de Agustín):
«Tupa, the supreme spirit and protector of my people,
Found me one day in the middle of a greening forest,
Enraptured in the contemplation of Nature,
And he told me: "Take this mysterious box and reveal its secrets."
And enclosing within it all the songs of the birds of the jungle
And the mournful signs of the plants,
He abandoned it in my hands.
I took it and obeying Tupa's command I held it close to my heart.
Embracing it I passed many moons on the edge of a spring fountain
And one night, Yacy (the moon, our mother),
Reflected in the crystal liquid,
Feeling the sadness of my Indian soul,
Gave me six silver moonbeams
With which to discover its secrets.
And the miracle took Place:
From the bottom of the mysterious box,
There come forth a marvelous symphony
Of all the virgin voices of America.»
Para quem ainda não conhece Barrios, só há uma coisa a fazer: correr à loja de CDs mais próxima e comprar, na secção de guitarra clássica, todas as gravações de obras de Barrios que lá encontrar. Vale a pena!
Bernardo
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