Um artigo de Jorge Messias publicado recentemente no "Avante!" vem defender a factualidade da infame farsa dos "Protocolos dos Sábios de Sião", um documento forjado pelo antisemita Sergei Nilus na Rússia czarista entre 1902 e 1903, e que dava conta de uma suposta conspiração judaica internacional para o controlo dos destinos do Mundo.
Está hoje amplamente provado que este documento forjado provém da adulteração e combinação de dois textos diferentes, um da autoria do anti-bonapartista Maurice Joly (1829-1879), escrito em 1864, "Dialogue aux Enfers entre Machiavel et Montesquieu, ou la politique de Machiavel au XIXe siècle", onde Joly dava conta de uma suposta conspiração dos descendentes de Napoleão I para controlar o Mundo; e um outro texto retirado da novela escrita em 1868 por Retcliffe, pseudónimo de Hermann Goedsche (1815-1878), "Biarritz. Auf dem Judenfriedhof von Prag", na qual um rabi ficcional pronuncia um discurso de conteúdo semelhante ao encontrado nos Protocolos. Sabe-se que Joly, por sua vez, plagiou Eugène Sue (1804-1857) mais concretamente, a sua obra "Les mistères du peuple".
O carácter perigoso desta falsificação, usada amplamente por Hitler como forma de justificação para a perseguição e extermínio dos judeus europeus, ainda hoje se faz sentir, seja através da perigosa associação dos Protocolos ao mito do Priorado de Sião estabelecida por Lincoln, Baigent e Leigh ("O Sangue de Cristo e o Santo Graal", pp. 234-240), seja nos movimentos extremistas que ainda hoje reproduzem e divulgam este documento espúrio um pouco por todo o mundo islâmico como forma de propaganda anti-Israel, ou ainda em certos tipos de propaganda neonazi.
Nada disto é novo: o que espanta é que o Jorge Messias e os editores do "Avante!" ainda não saibam nada disto. Mas a suprema ironia é termos um documento forjado na Rússia czarista pelo antisemita Sergei Nilus, um documento composto com o fito de propaganda czarista e anti-revolucionária, a ser usado como uma referência verídica pelo periódico revolucionário e comunista "O Avante!".
Está hoje amplamente provado que este documento forjado provém da adulteração e combinação de dois textos diferentes, um da autoria do anti-bonapartista Maurice Joly (1829-1879), escrito em 1864, "Dialogue aux Enfers entre Machiavel et Montesquieu, ou la politique de Machiavel au XIXe siècle", onde Joly dava conta de uma suposta conspiração dos descendentes de Napoleão I para controlar o Mundo; e um outro texto retirado da novela escrita em 1868 por Retcliffe, pseudónimo de Hermann Goedsche (1815-1878), "Biarritz. Auf dem Judenfriedhof von Prag", na qual um rabi ficcional pronuncia um discurso de conteúdo semelhante ao encontrado nos Protocolos. Sabe-se que Joly, por sua vez, plagiou Eugène Sue (1804-1857) mais concretamente, a sua obra "Les mistères du peuple".
O carácter perigoso desta falsificação, usada amplamente por Hitler como forma de justificação para a perseguição e extermínio dos judeus europeus, ainda hoje se faz sentir, seja através da perigosa associação dos Protocolos ao mito do Priorado de Sião estabelecida por Lincoln, Baigent e Leigh ("O Sangue de Cristo e o Santo Graal", pp. 234-240), seja nos movimentos extremistas que ainda hoje reproduzem e divulgam este documento espúrio um pouco por todo o mundo islâmico como forma de propaganda anti-Israel, ou ainda em certos tipos de propaganda neonazi.
Nada disto é novo: o que espanta é que o Jorge Messias e os editores do "Avante!" ainda não saibam nada disto. Mas a suprema ironia é termos um documento forjado na Rússia czarista pelo antisemita Sergei Nilus, um documento composto com o fito de propaganda czarista e anti-revolucionária, a ser usado como uma referência verídica pelo periódico revolucionário e comunista "O Avante!".
7 comentários:
Para esses, todos os meios são bons. Que o diga Lenine.
""When a Man stops believing in God he doesn’t then believe in nothing, he believes anything."
G.K. Chesterton
Quod erat demonstratum
Pax Christi
Oh Yes! I believe in human kind, and i believe in me.
G.K. Chesterton:
« Quer saber onde ficam os homens que acreditam em si mesmos? Eu sei. Sei de homens que acreditam em si mesmos com uma confiança mais colossal do que a de Napoleão ou César. Sei onde arde a estrela fixa da certeza e do sucesso. Posso conduzi-lo aos tronos dos super-homens. Os homens que realmente acreditam em si mesmos estão todos em asilos de lunáticos". »
Muito bom, Jairo! Bem apanhado!
Isso me leva a questão que voce não acredita em si mesmo nem no que faz( põe tudo que acontece numa orbita fora de si). Anda aqui para ganhar o céu, julgo que nisso acredita.Boa sorte.
Já dizem os testos sagrados "a fé sem obras esta morta", mas as obras sem fé não estão mortas.
eh eh eh.
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