sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O pseudo-ateu Saramago

(baseado numa notícia da qual tomei conhecimento através de um "post" do Rui Janeiro)

José Saramago acusa Papa Bento XVI de «cinismo»

O Saramago é mesmo ateu, ou é daqueles anti-católicos primários, que preferem ser conhecidos como “ateus” porque o termo “ateu” é mais sofisticado do que “anti-católico”?

Há pessoas que ficam muito bem impressionadas com as patacoadas que o senhor Saramago diz acerca da Igreja Católica, e até há quem ache que são corajosas. Porquê corajosas?

Ele nada tem de original. Toda a sua atitude anti-católica é repetição e plágio. Toda a verborreia anti-católica é já velha de mais de cem anos, e não há vislumbre, nos dislates de Saramago, do menor aspecto de novidade nos seus ataques anti-católicos, que continuam com o mesmo nível de sofisticação do discurso de um Afonso Costa, de há cem anos atrás. Se fosse político, Saramago seria um Émile Combes à portuguesa, cem anos atrasado…

Este senhor não percebe nada de catolicismo nem de Igreja Católica.
A soberba e a arrogância, pecados graves, são trágicos quando conjugados com a ignorância.

Saramago, por mero orgulho, gosta de fazer de paladino do anti-catolicismo, hoje politicamente correcto.

Há hoje em dia alguma novidade em ser anti-católico?
Há alguma réstia de coragem em fazê-lo?

Se ainda resta um preconceito socialmente tolerado, nesta velha e triste Europa, é o preconceito anti-católico.

Saramago é um triste….
Para Saramago, Bento XVI é um “cínico intelectual”?
É patético… Puros ataques “ad hominem” de alguém que sabe zero de filosofia.

Está na altura de Saramago retirar a máscara de ateu, que não é, porque a filosofia ateia não interessa uma grama a Saramago (a filosofia não interessa uma grama a Saramago, nem nada de realmente intelectual), e afirmar-se de uma vez por todas como um arruaceiro anti-cristão, que usa o seu Nobel (ideologicamente atribuído) como escudo para as patacoadas que dispara em todas as direcções, quais “pérolas” pseudo-intelectualóides atiradas para um público receptivo.

O sucesso de Saramago é simples de explicar: sob a égide e a protecção do Nobel, diz às pessoas com preconceitos anti-católicos exactamente aquilo que elas estão preparadas para receber e aceitar.

A Igreja Católica defende uma moral exigente.
A malta está-se nas tintas para viver uma vida moral. Dá trabalho. É mais fixe viver a vida sem regras morais. É mais fixe fingir que Deus não existe, que não há juízo final, que não há relações causa-efeito nas opções morais que tomamos, que a vida é apenas para ser usufruída como se fosse uma viagem de montanha russa numa feira.

O Saramago pinta a abolição da moralidade cristã como uma missão intelectualmente superior, até civilizacional.

É o que todos querem ouvir!
Não é o primeiro falso profeta da História, e não será o último.

Saramago, o pretenso ateu, não produziu uma única demonstração filosófica do ateísmo.
Também não produziu uma única refutação filosófica do cristianismo.

Como filósofo, como ateu, Saramago é uma fraude.

Daqui a uns séculos, o nome de Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI, permanecerá nos anais pontifícios e na memória dos católicos. Ficará para a História.
Para os não católicos que se interessam por Filosofia, a obra filosófica de Ratzinger, vasta e profunda, ficará perpetuada no património intelectual da humanidade.

Que restará da memória de Saramago, quando o que resta da ideologia comunista que ele tanto venera desaparecer da face da Terra, como desaparecem todas as falsas ideologias?

Que restará da memória de Saramago, quando se extinguirem os "intelectuais" comunistas? Quando já não lhe restarem amigos e discípulos para lhe dedicarem odes hagiográficas e comoventes "in memoriam"?

Contra a vontade de Saramago, poderão sobreviver ao teste do tempo apenas os seus romances mais libertos de anti-catolicismo...

Quando já ninguém souber quem é José Saramago, exceptuando um ou outro professor obscuro de literatura do remoto século XX, como se chamará o Papa? Quantos milhões de católicos terá a Igreja Católica então? Quantos missionários? Quantas universidades e escolas? Quantos movimentos de acção social? Quantos jornais e editoras? Quantos canais de televisão e rádio? Quantas mais histórias de santidade para contar ao mundo?

5 comentários:

Unknown disse...

Muito bom

Anónimo disse...

Há que dar um desconto ao camarada Saramago. Afinal de contas, estamos perante um velho estalinista recalcitrante; embora a avaliar por estas declarações mais pareça um atrasado mental com laivos de intelectual (o que se calhar vai dar ao mesmo). Honi soit qui mal y pense! ;

Anónimo disse...

Liberdade de expressão é a liberdade para os outros dizerem não apenas o que consideramos gravemente falso, mas também o que consideramos inadmissível, ofensivo e indesejável.
Se começarmos a policiar o pensamento alheio, mostrando-nos muito ofendidos e dizendo que certas afirmações são intoleráveis, não estamos a explicar por que razão tais afirmações são falsas, estamos apenas a fugir do assunto, dizendo que é inadmissível promover a independência da mente.

Defender a liberdade de expressão não é afirmar a nossa concordância com o teor do que se diz, mas sim, permitir aos outros manifestar as suas ideias apesar de não concordarmos com o que todos eles dizem. O que não é correcto é censurar, ofender ou denegrir quem não veja as coisas como você vê, ou quem chegue a conclusões diferentes.

Darius

Espectadores disse...

Antes de mais, obrigado a todos pelos vossos comentários.

Darius, não percebi se o seu comentário era uma crítica ao meu texto. Evidentemente, dou a Saramago todo o direito para disparatar. Quem seria eu para o negar?

Nunca deixei de defender, em tudo o que escrevo, a mais completa liberdade de expressão. No entanto, defender a liberdade de expressão é algo perfeitamente compatível com a liberdade de criticar quem se exprime livremente. Ou seja, é nos dois sentidos.

Saramago pode disparatar.
Eu posso apontar-lhe os disparates.
Se ele me conhecesse, e lesse isto que escrevi, por sua vez, poderia criticar eventuais disparates na minha escrita.

É assim que a coisa funciona.

Um abraço,

Bernardo

opus maximo disse...

A Igreja, reagiu mal e em simultâneo reagiu bem! Há alguns pontos a favor da Igreja. De facto, casos de que eu tenha conhecimento directo a Bíblia nunca matou ninguém. Nós temos duas bíblias em casa e nunca tivemos problemas. No entanto pode haver algum perigo: As Bíblias mais perigosas, são as que têm cerca de 600 páginas e caracteres de maior dimensão. As bíblias impressas em caracteres miudinhos são mais leves e portanto menos perigosas. De uma forma geral, e apenas de uma forma empírica eu diria que uma Bíblia não é mais perigosa do que um dicionário com aproximadamente o mesmo volume.
Outra questão são os Donos da Bíblias. Esses sim podem ser verdadeiramente perigosos.
Os judeus foram os primeiros donos da Bíblia. Por causa disso passaram séculos a tirar os olhos e os dentes uns aos outros. (ainda passam o tempo nisso) Depois foi a Roma dos Cristãos que se apoderou da Bíblia. Roma tem sido dona da Bíblia desde há dois mil anos, e desde aí, além de tirar olhos e dentes passou também a queimar bruxas e outros que também queria ser donos da Bíblia e a passar a fio de espada (homens, mulheres crianças e cães) porque um senhor sem dúvida muito simpático resolveu acrescentar mais uns livros á Bíblia de Roma e suas ramificações. Os Muçulmanos também são donos da Bíblia. Para disfarçar, mudaram-lhe o nome, mas também arrancam olhos e dentes, cortam mãos, passam á espada tudo o que seja homem, mulher, criança e cão afiliado aos de Roma, e para além disso arrebentam-se a eles e aos outros!
Acho que o Saramago não devia chatear esses tipos todos. Parecem-me perigosos!