A existência da Atlântida é um tema sempre polémico.
Não podemos, contudo, deixar que a eufórica tendência "New Age", sempre pronta para alucinações e fantasias, nos "tape a vista", fazendo-nos recusar a hipótese.
A postura do cepticismo radical, em relação a esta questão da Atlândida mas não só, sempre me pareceu irracional. É certo que, quando Platão escreveu sobre o continente perdido, já a história da Atlântida era um eco distante. Contudo, nada nos escritos de Platão nos faz pensar que este duvidasse da sua existência.
Hoje saiu no Público uma notícia deveras interessante:
"Especialistas situam a Atlântida em extremos opostos do Mediterrâneo"
Deixo a questão da localização da Atlântida para os arqueólogos.
O que me interessa afirmar aqui é que recusar a existência do continente é mais perigoso do que aceitá-la, visto que temos os relatos fiáveis de Platão, já para não falar na tradição oral.
A Terra pode mudar radicalmente em poucos milhares de anos.
Se sucedesse hoje um cataclismo à escala mundial, e a civilização ocidental como a conhecemos desaparecesse de vez, dentro de alguns milhares de anos tudo voltaria a ser paisagem selvagem.
O fundo dos mares, bem como a história da humanidade para lá dos 10.000 anos antes de Cristo, são dois abismos de desconhecimento profundo para a ciência moderna.
Aqueles que ridicularizam estas tentativas arqueológicas deveriam lembrar-se de que o mesmo foi feito no século XIX a Heinrich Schliemann quando este disse que iria encontrar Tróia só com base nos escritos de Homero.
Schilemann encontrou Tróia.
Bernardo
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