(Fonte: Fox News)
Luís Grave Rodrigues revolta-se, muito chocado com as questões colocadas por Bento XVI durante o discurso que pronunciou em Auschwitz, no passado dia 28 de Maio.
Não é o único: a grande maioria da comunicação social revoltou-se com estas questões. Comentadores discorreram em torno desta citação do Papa, tantas vezes repetida:
«Onde estava Deus naqueles dias? Porque ficou Deus silencioso? Como pode Deus permitir este infindável massacre, este triunfo do mal?»
Um leitor mais distraído poderia pensar que Bento XVI teria ficado sem resposta. Que Bento XVI, de alguma forma, ignorando a resposta à sua pergunta de retórica, teria atirado a culpa da Shoa para Deus.
Ora sucede que o discurso do Papa foi ligeiramente mais longo do que aquilo que foi notificado pela Imprensa. É bem sabido que uma frase fora do contexto permite dar largas às mais fervilhantes imaginações. Sobretudo quando queremos, à viva força, encaixar os factos, espremer as curtas e cortadas palavras de outrém, nas nossas precipitadas conclusões já formuladas a priori dos acontecimentos que queremos comentar.
Foi o que sucedeu, julgo eu, como Luís Grave Rodrigues: comentou largamente um discurso do qual apenas tinha lido uma frase. O que é uma pena para si e para os seus leitores, que assim apenas tiveram acesso a uma frase do Papa fora de contexto e a uma série de comentários que não vinham a propósito por ignorarem o texto completo do discurso papal.
Porque há que informar, e informar de modo sério, vejamos o texto integral, que está perfeitamente acessível no site do Vaticano.
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