"Na prática, a lei foi boa para muita gente, um sinal de evolução social para Portugal. Hoje em dia temos acordos com vários hospitais públicos portugueses, para suprir as necessidades causadas pelas objecções de consciência. Mas claro que continuam a existir excepções. Por exemplo, é preciso a mulher ir a três consultas antes de fazer um aborto, e uma mulher de Coimbra, que já passou as dez semanas, tem de ir a Espanha. Depois há o facto de algumas pessoas utilizarem métodos contraceptivos que não são 100% eficazes, e por isso não têm a noção de que estão grávidas, razão pela qual deixam passar o tempo legal de que dispõem para fazer a IVG. E claro, há ainda algum preconceito social que demora tempo a dissolver-se"
Para além da inversão de valores (na qual as objecções de consciência são obstáculos, e o aborto livre é "sinal de evolução"), é curioso o uso do verbo "dissolver" mesmo no final da citação.
Há toda uma mentalidade solvente na cabeça destas pessoas. Talvez uma associação mental aos químicos que usam para "dissolver" o "problema" da gravidez? Ou, melhor ainda, um eco instintivo do seu trabalho diário de "dissolução" social? Nota-se uma pressa em acelerar a decomposição da ética e da moral da sociedade, essas "maçadas" que impedem um bom negócio de prosperar ainda mais do que já prospera.
Para além dos fetos destruídos, as Yolandas Dominguez desta vida dissolvem a sociedade de forma impune e neutra: dir-se-ia mesmo de forma "legal". Gerações de portugueses que nunca existirão. Famílias que nunca se constituirão. Gente que nunca viverá, nunca respirará, nunca pensará, graças aos esforços diligentes dos "doutores" Mengele da modernidade...
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