É bem sabido que as "jotas", ou seja, as juventudes partidárias, são aqueles ninhos de pré-políticos que, para aparecerem na linha da frente, fazem o possível e o impossível para promover pseudo-causas.
Ontem, foi a vez de Pedro Nuno Santos, da JS. O jovem político, que ontem propôs a adopção do Dia Mundial da Luta Contra a Homofobia, falou nestes termos:
"Chegou a hora de Portugal assumir de frente a última discriminação consagrada na nossa lei: a discriminação dos gays e lésbicas face ao casamento civil. Esse debate tem de ser feito"
Até aqui, nada de surpreendente: o mesmo discurso terrorista, feito dos mesmos chavões. Procurar transformar a homossexualidade numa coisa normal, procurar dissolver o significado social do casamento, que é heterossexual por natureza. Procurar dissolver a moralidade, procurar reduzir o catolicismo em Portugal a quase nada. Já por várias vezes me perguntei, e perguntei a várias pessoas (sem obter resposta satisfatória), porque razão não bastaria consagrar alguns direitos na figura da "união de facto", deixando o pobre do casamento em paz...
Basta estar atento para ver que o casamento está a ser atacado por todos os lados. Recentemente, o PS recusou a proposta bizarra do Bloco de Esquerda, que queria enfraquecer ainda mais o contrato civil presente no casamento. Mas tenhamos presente que o PS só o fez porque quer ser reeleito. Daí o discurso omnipresente na boca de muitos membros do Governo: "não há mais causas fracturantes até 2009".
Mas, se nada nos surpreende no discurso de Pedro Nuno Santos, que sabe que tem que "fazer pela vida" para ter uma carreira política fulgurante, há um dado que revela a imaturidade deste jovem político...
Porque razão falou ele, precipitadamente, na "última discriminação"? É precipitação! Então e a adopção de crianças por casais homossexuais? Há que manter aberto o caminho do Progresso!
É certo que, em Política, os discursos de hoje podem ser distorcidos e invertidos já amanhã. Mas haja bom senso! Nos anos noventa, um político poderia dizer que o casamento civil para homossexuais era a "última discriminação" que se pedia à sociedade para eliminar. Hoje em dia, quando o Progresso já se vê em tantos países, um político não pode apontar para algo abaixo da adopção!
É que, já amanhã, quando precisar de se voltar a colocar em bicos de pés perante a Assembleia, o jovem Pedro Nuno Santos vai precisar de usar a adopção de crianças por homossexuais, e aí vai ter que voltar a falar disso como a "última discriminação".
Mas já se sabe: os entusiasmos de juventude são assim mesmo!
Sem comentários:
Enviar um comentário