Fernanda Câncio, entusiasmada pela possibilidade de ter "tocado na ferida":
«o motivo é óbvio: josé policarpo causou grande consternação nas hostes do não. a sua mensagem (a primeira de cinco anunciadas, a segunda das quais se esperava para ontem e não apareceu no site do patriarcado -- e porquê?) mostra a profunda divisão da própria hierarquia da igreja católica.»
Depois da distorção materializada no seu artigo no DN, Fernanda insiste, pelos vistos naquilo que é insustentável: que ela interpretou bem o texto do Cardeal-Patriarca. Profunda divisão na hierarquia? Acerca do "não matarás"? De facto, é algo "confuso" e "polémico", a contestação do "não matarás" no seio da hierarquia da Igreja...
Mas isto continua!
«(...) as dúvidas (sic!) de policarpo, a sua preocupação com o aborto clandestino e portanto com os valores da vida real -- e não apenas da vida com v grande, abstracta e ideológica, que é a única coisa que parece ralar uma parte, a mais virulenta, dos apologistas do não -- honra-o e mostra que é acima de tudo um humanista.» (negrito meu)
Imagino a satisfação do Senhor Cardeal-Patriarca ao ser presenteado com este elogioso (mas sarcástico) epíteto de Fernanda Câncio... Note-se que a jornalista insiste no autismo, ao falar das "dúvidas de Policarpo", como se a sua manipulação de fontes não tivesse sido praticada no maior dos descaramentos.
Para quem gosta de desonestidade, cinismo, sarcasmo, sugiro a "pérola" final:
«policarpo não podia, sendo quem é e representando o que representa, dizer mais do que disse. o dilema moral que tão bem expõe no seu texto, pleno de contradições e com algumas passagens duvidosas (que indicação é aquela à polícia judiciária de que fala? quem a deu? e, a existir, como é que cardeal sabe dela?) é mais do que suficiente para revelar o que ele realmente pensa. voltarei a este assunto.»
Voltará ao assunto?
Mal podemos esperar...
Será mais um belo naco de material opinativo de primeira água, fiel às fontes, rigoroso, isento, nada oportunista, nada falso!
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