segunda-feira, 21 de março de 2011

Missa com canto gregoriano na Encarnação (Chiado)

Comunhão para o 2º Domingo da Quaresma, retirado do Graduale Triplex, cantado pelo Coro gregoriano da Paróquia da Encarnação, que canta no 3º Domingo de cada mês, na missa das 12h30:



Gradual para 2º Domingo da Quaresma, retirado dos "Chants Abrégés" de 1925:


PS: Felizmente, o coro é excelente e profissional, conseguindo ocultar com eficácia a minha voz de cana rachada, que se ouve ligeiramente em pano de fundo, a estragar tudo, em total desafinação e arritmia.

PPS: Mais informações aqui e aqui.

8 comentários:

Luís Cardoso disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luís Lopes Cardoso disse...

Ó Bernardo, que benevolência para com o coro e que severidade para contigo próprio! Estás a deformar a realidade em ambas as avaliações.
Fica sabendo que uma má voz não é disfarçável: atravessa a massa sonora e impõe-se. Não é, em absoluto, o caso da tua.

Espectadores disse...

Luís,

Todos nós temos a tentação de olhar para o nosso umbigo e dizer: "eu até estive benzinho!". O meu uso deliberado da hipérbole, exagerando na depreciação da minha prestação, é apenas um remédio salutar contra a soberba.

Para mais, seria bizarro eu achar que já cantava bem, tendo em consideração que não tenho aulas de coro desde 2004 (e mesmo assim, tive apenas 5 anos de coro), e que nunca tinha tido contacto com gregoriano antes, e que ainda só participei em dois ensaios e numa missa.

A modéstia, neste caso, não é falsa modéstia, mas sim bom senso!

Falando sobre a qualidade sonora da nossa prestação como um todo, fiquei surpreendido com aqueles momentos de verdadeiro uníssono. Nesses momentos, não se distinguiam as vozes individuais, e penso que é isso que se pretende, mesmo espiritualmente.

Estou fascinado com o canto gregoriano! Ainda bem que me fisgaste para este projecto.

Um abraço!

joaquim disse...

Realmente caro Bernardo, não conheço a sua voz, mas tenho bom ouvido e não distingo nenhuma voz em desafinação e arritmia.

Só se for "arritmia cardíaca" do "nervoso"...eheheh

Um abraço amigo

Eu que não sei música, (nem uma linha), cantei uma vez na minha paróquia o Precónio Pascal ... de ouvido!

Reparei que por acaso não saiu ninguém da igreja ... por respeito à celebração, está visto!!!

Espectadores disse...

Olá Joaquim!


«Só se for "arritmia cardíaca" do "nervoso"...eheheh»

Nesta gravação, não havia nervoso porque estávamos apenas a ensaiar... Mas durante a missa de Domingo... algum nervoso miudinho, sim!

Mas eu não queria estar na pele do Luís Cardoso, o nosso "maestro", que tinha a responsabilidade de nos dirigir! Isso é que deve dar nervoso miudinho!

«Reparei que por acaso não saiu ninguém da igreja ... por respeito à celebração, está visto!!!»

;)
Pela minha experiência, a pessoa que canta acha sempre que cantou pior do que realmente cantou. Na assembleia, acabam por ser raras as pessoas que conseguem dar-se conta de erros musicais!

Um abraço!

Luís Lopes Cardoso disse...

Caro Bernardo,

é salutar tudo o que possamos fazer contra a soberba.
Seja como for, temos uma compromisso com a Verdade e são tantas as vezes que não o honramos involuntariamente que devemos cuidar de não o fazer voluntariamente.

De resto, é como dizes: fico muito satisfeito com o resultado de alguns momentos da nossa participação na missa de dia 20/3 e noutros momentos dos ensaios.
O uníssono só é possível se todos estivermos atentos uns aos outros, se nos escutarmos uns aos outros e se seguirmos a direcção ;^)

Na missa estava com a calma que resulta de saber que o trabalho de ensaio tinha sido bem feito - na medida das nossas necessidades - e da confiança que os cantores me transmitem.

Nervoso miudinho é quando chega à hora do ensaio e só lá estamos dois elementos, ou quando estou a pedir inscrições para marcar ensaios e ninguém avança! ;^) embora eu saiba que a malta tem muito que fazer e que se desdobra em esforços sobre humanos para poder ensaiar.

Um abraço,

Espectadores disse...

Luís,

«O uníssono só é possível se todos estivermos atentos uns aos outros, se nos escutarmos uns aos outros e se seguirmos a direcção ;^)»

Ora nem mais!
Era como eu te dizia no final da missa. O problema parece-me ser o de ainda não estarmos completamente à vontade com as notas e com a letra. Se tivéssemos a dicção do latim toda correcta, e a música toda memorizada, só teríamos que olhar para ti. Da parte que me toca, nas várias vezes que não te estava a seguir, estava a decifrar notas e latim. E isso não dá, esse TPC tem que estar já feito quando vamos para a missa.

Parece trivial, mas cai-se no mesmo. Ensaio, ensaio, ensaio!

Abraço!

Luís Lopes Cardoso disse...

É claro, caro Bernardo, que quanto melhor se sabe a música e o texto, em melhores condições se está para seguir a direcção. Mas para seguir a direcção não tens que estar de olhos pregados no maestro; já é muito bom se conseguires seguir a direcção com a visão periférica. Isto passa pela forma como se segura a partitura, pela disposição dos elementos entre si e na relação com quem dirige.
Ensaiar também não faz mal ;^) mas na justa medida: ensaiar de mais cansa e deixa os cantores num estado de indiferença automática e de confiança excessiva. É bom que possamos acrescentar algo ou fazer uma passagem de modo um pouco diferente no concerto/apresentação pública. Dá tempero ao nosso labor.

Um abraço,