Este é, sem dúvida, um dos mais potentes mitos modernos.
Entenda-se "mito", obviamente, numa acepção pejorativa.
Nos tempos que correm, é já bem difícil encontrar alguém cuja convicção neste mito do Progresso não esteja profundamente enraizada.
Este mito constituiu novidade há 200 ou 300 anos atrás, mas hoje em dia, nas escolas, nas universidades, nas famílias, e pasme-se, mesmo por vezes nalgumas Igrejas, aceita-se tranquilamente este Progresso e doutrinam-se as pessoas com esta mentira perigosa.
O que nos diz o mito do Progresso?
Em linhas gerais, no que toca ao ser humano, diz-nos que o Homem resultou da evolução de espécies primitivas. A Teoria da Evolução das Espécies, como se sabe, é obra de Charles Darwin.
Desde a sua origem, esta teoria tem-se vindo a infiltrar de tal forma que é hoje em dia uma verdade dogmática para a comunidade científica, e para a população que se deixou enfeitiçar por esta "ciência moderna".
Então o que nos diz o senhor Darwin? Diz-nos que as espécies transformam-se ao longo do tempo, que alterações no código genético das espécies levam-nas a evoluir de formas primitivas para formas mais sofisticadas.
Nada é mais absurdo e contraditório!
Os próprios defensores deste modelo teórico são os primeiros a reconhecer que as mutações genéticas são um fenómeno raro, ou seja, são a excepção em vez de serem a regra. Adicionalmente, é reconhecido por estes cientistas que as mutações genéticas são quase sempre degenerativas!
Dirá quem me lê: "E as ossadas encontradas? E o homo habilis? E o homo erectus?".
Pois sim. Temos indícios claros da existência de espécies de primatas hoje extintas, que se parecem situar em termos de desenvolvimento entre o Homem moderno e outros primatas como o chimpanzé ou o gorila.
Podemos então extrapolar a realidade destes achados para a conclusão de que estas espécies extintas sofreram mudanças até se tornarem no Homem moderno? Não! Tal conclusão é absurda...
Mas onde querem chegar os defensores do Progresso?
Eles pretendem sugerir que o Homem está em constante evolução, e que estamos neste preciso momento a caminhar para um Super-Homem, para um ser dotado de elevadas capacidades intelectuais.
É mentira.
A evolução tecnológica é um facto inegável. Temos hoje melhores condições de saúde, melhores transportes, enfim, melhor qualidade de vida em termos gerais.
E intelectualmente? Intelectualmente regredimos...
A ciência moderna apoia-se sobretudo no Empirismo. O que não pode ser verificado empiricamente, não existe! O que não couber no estreitíssimo conceito de Método Científico simplesmente não é real, ou pelo menos não é "de confiança".
Não deixa de pasmar tão radical mudança intelectual em tão pouco tempo:
1. Na Idade Média, os vários ramos do conhecimento, ou seja, as várias ciências, apoiavam-se em princípios transcendentes. Destes princípios gerais e universais deduziam-se todas as particularidades do Mundo.
2. Na Idade Moderna, os vários ramos deste novo "conhecimento", ou seja, as "ciências modernas", apoiam-se em princípios empíricos, que devem ser validados pela experimentação, pela medição, pela verificação sensorial. Destes métodos particulares pretendem os cientistas de hoje extrair por indução um conhecimento geral.
Esta mudança, como podemos ver, caracteriza-se pela aniquilação de princípios, pela subjugação do geral e universal à caótica desordem do particular. Esta mudança intelectual é uma verdadeira regressão.
Não admira, portanto, que ensinemos às nossas crianças que vivemos numa época altamente informada e esclarecida. Trata-se de uma mentira aceite pela generalidade das pessoas. As pessoas acreditam nela.
Olha-se hoje para os nossos antepassados como quem olha para selvagens, para ignorantes, para "homens primitivos". Para homens "obscurecidos pelas trevas da religião".
Ridicularizam-se os textos sagrados, e tentam-se ler estes textos como quem lê um compêndio científico.
Numa profundíssima ignorância das verdades simbólicas, dos vários níveis de leitura destes textos, da universalidade da sua mensagem, reduz-se a nada um trabalho de séculos, uma sabedoria milenar.
Recordo-me de me ensinarem no liceu que a Alquimia era uma espécie de Química primitiva. Patético exemplo de ignorância...
O Progresso...
Este é, sem dúvida, um dos mais potentes mitos modernos!
Bernardo
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