quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

As certezas do "sim"

«Palha a palha tentam desmontar um espantalho, vendo os argumento pelo «Não» como se o debate fosse simétrico. Como se à partida não se assumisse nada acerca da vida humana ou da legitimidade de a terminar por opção. É falso. Todos consideramos a vida humana um valor entre os mais altos, e só aceitamos e a liberdade de matar em casos extremos e nunca «por opção». Neste referendo não se pode votar para onde pende o argumento mais atraente. A assimetria da questão exige que só vote «Sim» quem tiver mesmo certeza, para além de qualquer dúvida razoável, que o feto de 10 semanas não conta e que é legítimo mata-lo só porque a mãe quer. Só com completa certeza é que se pode aprovar a morte de tantos seres humanos por opção das mães.» - Ludwig Krippahl, Palha a Palha.


Eu não diria melhor.
Este ponto, pelo menos, é límpido como a água: só pode votar "sim" quem tiver a certeza absoluta de que o feto com dez semanas de idade não tem direito a viver, e a sua mãe pode dispor livremente ("por opção") da sua vida. Só assim também se explicaria a criação de serviços abortivos legais, sem que o Estado corresse o risco de estar envolvido num crime.
Caros amigos votantes no "sim": têm certezas absolutas?
Se calhar, não se dão conta do drama da sua decisão: o apoiante do "sim" tem que ter a certeza absoluta de que não há direito à vida às dez semanas. Essa certeza tem que ser realmente absoluta, porque esta é uma matéria grave, de vida ou de morte.

Sem comentários: